Como saber se tenho ansiedade ou sou ansioso?

De vez em quando todos nós sentimos ansiedade. Isso é comum principalmente em situações que exigem muito de nosso emocional. Quando enfrentamos uma situação de medo passamos por um momento de muita apreensão e estresse.

Existe uma diferença entre ansiedade e estar ansioso. O sentimento passageiro é bem diferente do transtorno de ansiedade generalizada.

O transtorno de ansiedade generalizada é uma doença psicológica caracterizada pela preocupação excessiva. Fantasias de cenários desastrosos antes mesmo da situação se desenrolar são comuns. Dessa forma, a pessoa está sempre em alerta, esperando o pior. Seus sintomas são uma mistura de manifestações físicas, psicológicos e emocionais, como suor em excesso, falta de ar, náusea, taquicardia, pânico, irritabilidade e tensão. Surgem com maior intensidade durante uma crise.

O sentimento de ansiedade é passageiro e surge quando nos encontramos em situações que nos causam inquietação. Primeiras experiências, enfrentamento de medos e falar em público, conhecer pessoas novas, esperando notícias de alguém são exemplos de algumas ocasiões.

A ansiedade generalizada é algo crônico e, eventualmente, se torna parte da identidade da pessoa enquanto a ansiedade é um estado emocional.

Várias situações nos trazem inquietação: um almoço com a família do parceiro (a), uma apresentação na escola ou trabalho, uma conversa difícil com um amigo, ou quando temos nossas habilidades e conhecimento testados.

Conviver com o transtorno de ansiedade generalizada é muito diferente de estar ansioso momentaneamente. O primeiro envolve diversas questões emocionais e requer maior atenção. Muitas delas são um mistério até mesmo para a pessoa ansiosa. O excesso de apreensão e preocupação pode originar diversos subtipos de transtornos. É importante conhecê-los para saber identificar os sintomas corretamente, embora apresentem semelhanças entre si. Suas causas dependem dos sentimentos e da história particular de cada pessoa. Nossas experiências pessoais e a maneira como lidamos com elas podem causar predisposições para determinados transtornos e doenças psicológicas.

Entre os transtornos que podem ser desencadeados temos:

Síndrome do Pânico: são crises súbitas marcadas por uma sensação de desespero. Os sintomas são tanto psicológicos (medo, alarme, estresse) quanto físicos (falta de ar, tremores, taquicardia, dormência das mãos). É comum experimentar uma forte sensação de morte, embora não haja nenhum perigo eminente.

Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC): o transtorno diz respeito ao surgimento de pensamentos obsessivos que levam a rituais excêntricos para satisfazer a pessoa. As preocupações excessivas forçam a pessoa a ter comportamentos específicos para se acalmar. Por exemplo, lavar as mãos constantemente, contar objetos, verificar se portas, janelas, gás ou ferro de passar diversas vezes, e organizar itens neuroticamente. Caso não cumpra com as condições, a pessoa acredita que algo ruim irá acontecer com ela ou com as pessoas que ama.

Fobias: é o medo ou aversão em excesso referente a um objeto ou situação. Há diversos tipos de fobias que podem atormentar uma pessoa, como fobia de altura, de determinados animais, de sangue, de doenças, de interações sociais, entre outros. O medo é uma reação a uma ameaça. É um mecanismo de defesa do corpo. Já a fobia é uma perturbação irracional que surge diante de algo que a pessoa considera extremamente desconfortável, mas não é necessariamente uma ameaça a sua segurança.

Transtorno de Estresse Pós-traumático: quando uma pessoa sofre um evento traumático ela passa a revivê-lo no presente. Os sintomas são múltiplos e dependem das marcas deixadas pela severidade do trauma. Normalmente, afetam o comportamento (agressão, agitação, automutilação e isolamento social) e o psicológico (medo, flashbacks, alucinações, ansiedade severa).

Procurar ficar calmo é primordial para o alívio dos sintomas de uma crise. Não é fácil se acalmar sozinho sendo primordial buscar a ajuda de um psicólogo e psiquiatra. Durante a crise, a pessoa sente dificuldade para controlar suas emoções. Pensamentos catastróficos começam a tomar conta da mente, enevoando quaisquer pensamentos lógicos. As palpitações podem ser confundidas com um ataque cardíaco, gerando mais medo e confusão. Para voltar a realidade, é preciso acalmar a mente e o corpo. Respirações profundas, desviar a atenção do pânico, se retirar para um ambiente mais tranquilo são algumas atitudes que podem ser tomadas durante a crise.

Além do tratamento psicológico ou psiquiátrico, a pessoa ansiosa pode minimizar as sensações de desconforto diário através de hábitos positivos e saudáveis. É importante priorizar atividades agradáveis e praticar o amor-próprio, além de promoveram a saúde mental, aumentam a autoestima e a autoconfiança. Essas atitudes não são o suficiente para substituir um tratamento, porém, colaboram para sensações de bem-estar, felicidade e tranquilidade. É importante que a pessoa ansiosa se afastar de situações que causam mal-estar e desconforto. No entanto, às vezes é necessário passar por uma situação incômoda para o bem do nosso desenvolvimento pessoal. É praticamente impossível escapar de desafios completamente, o correto é desenvolver táticas para lidar com essas situações. Com a ajuda do psicólogo é possível identificar e solucionar pensamentos equivocados, autoconhecimento, aumento da resiliência e eliminação de conflitos.

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