Vacinas são seguras e salvam vidas

A vacina é um dos maiores avanços da ciência, segundo especialistas. Dentre os seus inúmeros benefícios, podemos citar a diminuição da mortalidade infantil e a redução significativa do risco de adoecer e morrer de doenças que podem ser evitadas pela vacinação. Por isso, parte significativa da responsabilidade pelo aumento da expectativa de vida da população mundial no último século é da vacina. A partir da estimulação do sistema imunológico à produção de anticorpos, ela garante imunidade e proteção contra a agressão dos vírus e bactérias ao nosso organismo.  

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente, a vacina previne de 3,5 a 5 milhões de mortes, todos os anos, por doenças imunopreveníveis — aquelas que podem ser evitadas com a administração da vacina. As principais infecções preveníveis por imunizantes são a difteria, o tétano, a coqueluche, a influenza (gripe), o sarampo, a poliomielite, a meningite, a caxumba, a febre amarela, a hepatite B, entre outras.  

A produção de novas vacinas e evidências clínicas que comprovam sua eficácia ao longo dos ciclos da vida — lactente, criança, adolescente, adulto, idoso — podendo se estender à vacinação da mulher, do homem, do viajante, da saúde ocupacional, entre outros públicos específicos, tornaram as vacinas uma estratégia indispensável para a saúde mundial.  

“Para garantir a cobertura dos imunizantes, é fundamental o cumprimento dos esquemas vacinais e a atualização das doses de reforço, que têm a capacidade de estimular e relembrar o sistema imune de reconhecer a presença de agentes infecciosos”, destaca Ana Rosa dos Santos, médica infectologista da área de vacinas do Sabin Diagnóstico e Saúde.  

“O Brasil sempre foi reconhecido por suas altas taxas de cobertura vacinal. Entretanto, nos últimos anos, os números vêm caindo de forma alarmante, gerando uma grande preocupação na saúde pública em relação ao reaparecimento de doenças até mesmo consideradas eliminadas do território nacional”, explica Ana Rosa.  

Essa baixa cobertura resultou por exemplo, no retorno do sarampo ao país, doença que havia sido considerada eliminada. A poliomielite é uma doença erradicada que se encontra em situação iminente, correndo o risco de reintrodução, caso o percentual de cobertura vacinal não atinja a meta de 95%, de forma homogênea, em todos os municípios brasileiros. “Precisamos desta recuperação e, para isso, esforços têm sido realizados pelo Ministério da Saúde e Sociedades Médicas com a intensificação de campanhas de vacinação contra a pólio, além de ações de vigilância ambiental e epidemiológica”, alerta a médica.  

“A vacinação deve ser realizada não apenas durante a infância, mas em todas as fases da vida. Há vacinas importantes para cada faixa etária, que desempenham um papel muito importante na saúde e na qualidade de vida. Manter os esquemas vacinais em dia contribui para o controle e para evitar a disseminação de doenças, além de proteger toda a população”, ela conclui.  

De 22 a 29 de abril de 2023, acontece a 21ª Semana de Vacinação nas Américas (VWA) e a 12ª Conferência Mundial de Imunização. Este ano o tema é “Vacinas são seguras e salvam vidas!” para que num esforço conjunto de toda a sociedade a cobertura vacinal seja alcançada e mantida. Somente assim, as vacinas podem continuar salvando vidas e garantindo mais longevidade e saúde para a população.