Término de relacionamento: é possível sim superar com a ajuda profissional

Qualquer relacionamento amoroso gera memórias interconectadas independente do tempo em que durou e, querendo ou não, tornam o processo de superar um término de namoro um tanto complexo e doloroso para algumas pessoas. O rompimento da relação pode envolver uma mistura de sentimentos: dor, raiva, ressentimento, tristeza, solidão, carência, medo e, em alguns casos, até alívio e segurança.

Mesmo ao terminar um relacionamento que estava ruim, ainda fica a dor da separação e resquícios de acomodação. Independente de como foi o término a ausência da pessoa, pelo menos nos primeiros dias ou semanas, vai ser, de algum modo, marcante e gerar sentimentos novos.

Entre algumas das atitudes mais comuns entre as pessoas que estão passando pelo fim de um relacionamento são a de se culpar pelo término e a de se ocupar com várias atividades para evitar a aceitação das novas emoções. Também é frequente o intuito de reprimir os sentimentos por vergonha ou medo de reconhecer o que está sentindo, para ter a sensação de que já superou o rompimento.

Depois que um relacionamento realmente acaba, não dá para continuar vivendo em negação. É preciso aceitar o que aconteceu e lidar com todas as emoções envolvidas nesse momento de luto.

No momento em que você se abre para aceitar todas as sensações e emoções negativas ocasionadas pelo término do namoro, também é válido preencher o vazio com o amor-próprio.

No início pode até surgir o sentimento de culpa pelo rompimento da relação, mas ele deve ser substituído aos poucos pelo autocuidado. Busque uma ajuda psicológica para ajudar a refletir quem você era fora ou antes do relacionamento.

Aproveite o tempo para fazer o que você gosta, praticar algum exercício, aprender algo novo ou apenas descansar, dormir bem e se mimar com presentes que você merece.

Vale a pena contar com o apoio de amigos e familiares queridos, que estão ao seu redor para acolher e cuidar, sem julgamentos. Se o namoro era daquele tipo tóxico, que afasta amigos e família, é o melhor momento de refazer os laços prejudicados pela privação das relações externas ao relacionamento amoroso.  Ao se aproximar de quem quer ver você bem, é mais fácil desapegar do medo da solidão e do sentimento de que não é uma pessoa amada.

O tempo de cura, porém deve ser respeitado. O ideal é aproveitar a fase para desenvolver o autoconhecimento, fazer mudanças de hábitos necessárias e, afastar-se de redes sociais e parar de procurar informações sobre o outro. Afinal, sua ferida precisa ser cicatrizada. Engatar em um relacionamento seguido do anterior também é um erro.  Busque um profissional para ajudar você já que você a avaliar o que de fato aconteceu e como é possível ter relações mais sadias e prósperas no futuro. Respeite os seus sentimentos. Saiba lidar também com as idas e vindas das emoções. É muito comum achar que superou o término, mas no dia seguinte se sentir triste novamente.

A psicologia traz ferramentas como a   terapia cognitivo comportamental, que dá a oportunidade de você conversar sobre o que houve com alguém que realmente tem preparo para ouvir e acompanhar sua evolução. Não tenha medo de aceitar que precisa de uma ajuda profissional.  Conforme as sessões de terapia avançarem, será possível notar mais facilidade em falar sobre os seus sentimentos e em lidar com todas as emoções de um término de namoro. Você também irá perceber como esse espaço ajuda a ter mais autoconhecimento e a tratar de vários outros assuntos que são difíceis de conversar.