Superando uma decepção amorosa

Para muitas pessoas uma decepção amorosa é a pior coisa do mundo. Quando ficamos muito tempo num relacionamento acabamos criamos expectativas, planos e sonhos ao lado da pessoa amada.  No entanto, quando perdemos tudo isso é um grande choque, capaz de abalar o emocional e o psicológico de qualquer pessoa.

Algumas pessoas, não sabendo como lidar com a dor, começam a adotar comportamentos destrutivos, como vícios e compulsões. No processo de recuperação da decepção amorosa pode surgir o medo de se apaixonar novamente atrapalhando futuros relacionamentos. Essas atitudes são mecanismos de defesa para tentar se proteger de mais sofrimento e acabam trazendo um efeito contrário a longo prazo.

A decepção amorosa pode ocorrer por muitos motivos sendo que alguns têm sua origem nos primeiros estágios do relacionamento. A pessoa que constrói expectativas excessivas desde os primeiros encontros acaba se desapontando mais.

É necessário ajustar as expectativas com a realidade do relacionamento. Quem começou a namorar recente normalmente não quer pensar em um futuro distante. É fundamental levar os desejos do outro em consideração para não acabar se enganando. A outra pessoa pode ter objetivos e expectativas diferentes.

Colocar muitas expectativas em relação ao outro é prejudicial por impedir de perceber possíveis comportamentos impróprios da pessoa. Além disso, faz com que se enxergue a outra pessoa com qualidades e comportamentos ideais criados no imaginário, sendo que essa não existe. Expectativas altas levam a decepções mais intensas.

Quando colocamos muita expectativa no outro, isso dificulta a percepção de um relacionamento abusivo. Dedicando muito tempo para o relacionamento ou para o parceiro que foi idealizado. Dessa forma, oportunidades são perdidas e o crescimento pessoal, profissional ou intelectual é deixado de lado. O que determinará o grau sentido numa decepção amorosa é o nível de inteligência emocional e a personalidade de cada um. Pessoas racionais e que não se apegam com facilidade costumam sofrer menos com essas desilusões. Pessoas com autoestima baixa, carência afetiva, medo de rejeição e necessidade constante de atenção sofrem mais com desilusões amorosas.

Existem pessoas que ficam muito tempo decepcionadas com uma relação onde a tristeza, a angústia e a raiva tomam conta, impedindo-as de sentir satisfação com as suas atividades diárias e podendo afetar o desempenho profissional e a convivência familiar.

Conforme os dias passam, a dor vai diminuindo. As feridas são curadas com o tempo. Para curar essa dor é necessário passar pelo “luto”. Depois ou enquanto você vive o “luto” do término, experimente sair à noite com os amigos em uma semana e, na próxima, fazer algo novo. Não é o momento de encontros românticos.

Caso você tenha cometido erros na relação, perdoe-se por isso. Se a pessoa que o decepcionou errou de alguma maneira, perdoe-a por isso. Quando não perdoamos, carregamos mágoas desnecessárias conosco. É preciso perdoar a si mesmo ou o outro para que seu próximo relacionamento possa dar certo.

Reflita e tire lições para melhorar a sua experiência no próximo relacionamento. O ideal é procurar a ajuda de um psicólogo para que você possa se conhecer sabendo no que você precisa melhorar. É importante trabalhar a autoconfiança para ter relacionamentos afetivos melhores, ter boas amizades e relações profissionais.

Não é porque você teve uma experiência ruim no seu relacionamento que as próximas serão assim. É importante aceitar o término e seguir em frente, com o coração aberto para novas experiências, afinal, aprendemos tanto com nossos erros.

Após a decepção, foque em você. Cuide da sua autoestima para não se tornar vítima de sentimentos autodepreciativos. Pratique atividades agradáveis, esportes, hobbies e saia com os amigos. Não deixe de buscar um psicólogo para sentir-se mais leve!