Setembro Amarelo: mês de conscientização sobre transtornos mentais e prevenção ao suicídio

O Setembro Amarelo é o mês de prevenção ao suicídio, um tema delicado e que muita gente evita falar sobre. Seja pela falta de informação, ou por não saber lidar com amigos, colegas e familiares que podem passar por isso. 

Mas, isso não pode impedir sua empresa de falar sobre o assunto. Afinal, o primeiro passo para resolver esse problema de saúde pública é reconhecer que o suicídio não só existe, como também é mais comum do que se imagina. 

Setembro Amarelo representa a conscientização pela valorização da vida. E importante ressaltar que os cuidados com a saúde mental e o apoio a quem está passando por momentos difíceis deve estar presente o ano inteiro!

Segundo especialistas, o suicídio é um problema de saúde pública que, infelizmente, ainda não é tratado como tal. E os números são expressivos. No Brasil, ocorrem cerca de 12 mil casos de suicídio por ano. Isso significa que mais de um milhão de pessoas em todo o mundo tiram a própria vida.

Conforme os dados da Organização Mundial da Saúde em 2022, mostram que mais de 700 mil pessoas morreram por suicídio. Ainda, um a cada 100 óbitos tiveram esse desfecho.  

O suicídio vem a ser uma dasprincipais causas de morte no mundo. Ele mata mais do que oHIV, malária, câncer de mama e homicídio. Ademais, apenas 38 países têm uma estratégia nacional de prevenção. O suicídio é mais comum entre jovens de 15 a 29 anos do que acidentes de trânsito, tuberculose e violência interpessoal. É a quarta causa de morte nessa faixa etária.

Com a realização de campanhas e palestras é possível sim prevenir novos casos de suicídio. O assunto ainda é consideradotabu em muitas culturas. Contudo, falar sobre suicídio e alertar sobre a importância da saúde mental é imprescindível para combater o estigma e salvar vidas. 

A principal abordagem do Setembro Amarelo é a conscientização. E, oprincipal erro da gestão de pessoaséignorar o problema e desconhecer suascausas. 

O Recursos Humanos da empresa deve estar procurando promover uma cultura organizacional humanizada. Um ambientehumanizado, empático e acolhedordeveria ser uma práticaconstante nas empresas. O RH deve unir as pessoas e não as separar por etnia, gênero, idade ou qualquer outro motivo. 

É importante que o RH fale sobre assuntos de ordem pessoal dos colaboradores e ofereça umaescuta acolhedora contribui para identificar problemas. Logo, o RH deve oferecer apoio, sem ser invasivo, e sim solidário. 

Muitas vezes, a pessoa em sofrimento psíquico não é o colaborador, mas algum familiar ou amigo. A organização oferecendo treinamento, levando informação e conhecimento. é útil para que todos saibam como agir quando identificarem sintomas e sinais. 

É importantetransformar os colaboradores em agentes disseminadores de informações sobre saúde mental e prevenção do suicídio. Afinal, todos são capazes de ajudar quem precisa. 

O RH deve estar atento ao absenteísmo. Afinal, as causas podem ser conflitos não solucionados entre colegas de equipe ou por quadros agravados de depressão. É importante recuperar um profissional com problemas e não afastá-lo ainda mais do convívio na empresa.  

Perceber fatores de risco e sinais de alerta como mudanças comportamentais e absenteísmooupresenteísmo ajuda a identificar problemas relacionados ao suicídio.

Embora tenhamos o hábito de ir ao médico para verificar se a saúde do nosso corpo vai bem, nem sempre demonstramos a mesma preocupação com a nossa mente. Isso também se aplica aos colaboradores, que ao serem tomados por uma rotina intensa, podem não ter tempo de lidar com as próprias emoções e sentimentos.

Aproveite agora o Setembro Amarelo para promover ações e atividades que abordem a saúde mental e o suicídio, com a atenção e o cuidado que esses assuntos exigem. Lembre-se: saúde mental não é frescura! Doenças como ansiedade, depressão e síndrome do pânico têm tratamento. Busque ajuda e ofereça sua ajuda a quem precisa!