O mês de outubro movimenta mundialmente campanhas de conscientização e prevenção do câncer de mama, o mais incidente em mulheres, de acordo com Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Este tipo de neoplasia é resultante da multiplicação de células anormais da mama, que formam um tumor com potencial de invadir outros órgãos. Na maioria dos casos, o tratamento tem boa resposta, principalmente quando diagnosticado e tratado no início. Por isso, é importante que as mulheres conheçam e estejam atentas aos sinais do corpo, além de consultarem regularmente o médico.
“Além do aparecimento de nódulos, diferenças expressivas entre o tamanho dos seios, alterações nos mamilos e na pele da mama, inchaços incomuns na área, presença de secreções ou mesmo sangue, também são motivos de alerta”, orienta Dr. Diocésio Andrade, oncologista da Oncoclínicas Ribeirão Preto.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), mais de 66 mil brasileiras são diagnosticadas com câncer de mama anualmente e nos últimos anos, houve um aumento da ocorrência da doença em mulheres com menos de 35 anos.
Para o oncologista, esse é um alerta para o cuidado com a saúde da mama. “É importante destacar que a mulher precisa conhecer seu corpo e praticar a palpação sempre que possível, podendo colaborar com o diagnóstico precoce da doença. Entretanto, o autoexame não anula o acompanhamento periódico com um especialista e a realização da mamografia, exame que consiste em um raio-X no qual a mama é comprimida e permite que sejam identificados desde microcalcificações agrupadas até nódulos espiculados infracentimétricos”, ressalta.
A mamografia é recomendada anualmente para mulheres a partir dos 40 anos, porém caso a paciente tenha histórico familiar, principalmente com parentes de primeiro grau, esse acompanhamento deve começar antes, sendo cada caso avaliado individualmente.
Após constatada qualquer alteração, o especialista avalia e indica o melhor tratamento para cada caso. “As chances de cura no caso das mamas podem chegar em até 90% quando o tumor é descoberto no início. Os tratamentos disponíveis hoje são menos invasivos, o que melhora muito a qualidade de vida e a retomada dessa mulher à sua vida normal”, acrescenta o médico.
Prevenção do câncer de mama
Estudos mostram que a prática de exercícios físicos regulares e alimentação balanceada podem levar à redução de até 30% do número de casos de cânceres em geral.
“Manter uma alimentação balanceada e praticar exercícios físicos regularmente são fatores essenciais tanto para reduzir as chances de incidência do câncer de mama quanto para reduzir os riscos de recidiva da doença”, diz o Dr. Diocésio Andrade.
Segundo o oncologista, obesidade, sedentarismo e tabagismo estão entre os fatores evitáveis que podem contribuir para o surgimento da doença.
Tratamento
O tratamento do câncer de mama depende da fase da doença, do tipo molecular do tumor e das condições clínicas da paciente. Entre os procedimentos, pode haver cirurgia, radioterapia, quimioterapia, endocrinoterapia, terapia biológica (ou terapia alvo) ou imunoterapia.