Os casos de transtornos ansiosos e de transtorno do pânico têm crescido tanto no Brasil quanto no mundo. A ansiedade é considerada saudável até certo ponto. Ela serve para nos auxiliar a manter distância de situações perigosas e nos preparar para um momento difícil ou desconhecido. Ela desaparece assim que eles passam. É o excesso de preocupação com o futuro. Quando a ansiedade cresce, ela pode se tornar debilitante, bem como incentivar o surgimento do transtorno do pânico.
As crises de ansiedade e de pânico quando se manifestam, elas enviam mensagens ao sistema nervoso que ativam o nosso instinto de “fugir ou lutar”, necessário para quando enfrentamos uma ameaça ou situação perigosa. Assim, ocorre uma descarga de cortisol no organismo e uma série de respostas do corpo físico, como o tensionamento dos músculos, aumento dos batimentos cardíacos, aceleração da respiração, entre outras.
Normalmente, ocorrem diante de situações cotidianas que não apresentam ameaça alguma à vida, segurança ou bem estar individual. Para a pessoa ansiosa ou em pânico, elas são intimidadoras ou assustadoras.
As principais diferenças entre a crise de ansiedade e pânico estão na causa e na forma como os sintomas são percebidos.
As crises de pânico ocorrem de repente enquanto as de ansiedade se intensificam com o passar do tempo. As pessoas costumam ignorar os primeiros sintomas dado que se assemelham a desconfortos ocasionais e sem conexão com a ansiedade, como um súbito aperto no peito. Os sintomas da crise de pânico desaparecem em uma questão de minutos (dependendo do caso, pode levar mais ou menos tempo) e os da ansiedade persistem por longos períodos.
Os sintomas do pânico atingem o seu ápice após 10 minutos de crise e decai gradativamente a partir de então. No entanto, outra crise de pânico pode ocorrer em seguida aumentando a experiência desagradável.
A crise de pânico pode tanto acontecer subitamente quanto a partir de um gatilho. Podendo se manifestar durante o sono ou momentos de relaxamento. Os sintomas incluem:
- Coração acelerado;
- Dor no peito;
- Tontura;
- Arrepios ou tremores pelo corpo;
- Náusea;
- Formigamento ou dormência;
- Dificuldade de respirar;
- Suor excessivo;
- Desconfortos estomacais.
A sensação de perda de controle ou ficando “louco” também são sintomas do pânico. A pessoa pode sentir, ainda, que pode morrer a qualquer momento e intensificar o medo durante a crise.
A despersonalização é outro sintoma do pânico. Nele a pessoa tem a sensação de que a não está conectada ao seu corpo ou aos seus arredores. Muitas pessoas após a crise se sentem cansadas, estressadas ou preocupadas. Essas sensações desagradáveis tendem a acompanhá-las pelo restante do dia.
A crise de ansiedade ocorre depois de um período de preocupação excessiva. As pessoas têm dificuldade para pensar sobre um acontecimento logicamente, evento que está para acontecer ou indivíduo. Com isso passam longos minutos ou horas sofrendo por antecedência. Enquanto isso, seus níveis de ansiedade crescem sem que elas percebam.
Os sintomas da crise de ansiedade são tde menor intensidade que os da crise de pânico:
- Fadiga;
- Dor no peito;
- Boca seca;
- Tontura;
- Medo;
- Irritabilidade;
- Preocupação;
- Se assustar com facilidade;
- Perda de concentração;
- Dores musculares;
- Dormência ou formigamento de dedos, mãos ou pés;
- Coração acelerado;
- Inquietação; e
- Dificuldade para respirar ou sensação de sufocamento.
As causas para a crise de ansiedade e pânico são variadas. Sendo mais comuns quando há o diagnóstico de um transtorno ansioso, como Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) ou Ansiedade Generalizada, ou do pânico.
O Transtorno do Estresse Pós Traumático (TEPT) também pode ocasionar crises. Quando as memórias do trauma retornam à mente sem aviso, pessoas com TEPT costumam entrar em pânico. Elas podem ter esse sintoma repetidas vezes até que o evento traumático seja digerido. Daí a importância de buscar uma ajuda psicológica.
Da mesma forma, o encontro imaginário ou real com o objeto de uma fobia, sintomas depressivos, sintomas do transtorno bipolar e estresse prolongado são causas comuns.
Pessoas que fazem uso de álcool e outras substâncias, possuem uma personalidade naturalmente ansiosa, têm histórico de crises de ansiedade e pânico na família, e vivem com doenças crônicas, como diabetes e tireoide, são mais suscetíveis a terem crises em algum momento de suas vidas.
Os fatores ambientais influenciam nosso comportamento, modo de pensar e emoções. Estamos numa sociedade que valoriza resultados imediatos e querem indivíduos multi tarefas.
A primeira coisa a fazer quando percebem os sintomas é buscar um médico. A reação de grande parte das pessoas é correr para a emergência quando sentem o peito doer, o coração bater mais forte e os membros do corpo formigarem. É comum a primeira experiência da crise de ansiedade ou pânico pode ser confundida com um ataque cardíaco. Após os exames de saúde não darem nada as pessoas aprendem que seus sintomas são emocionais. Tem quem alegue não sofrer de ansiedade e pânico mesmo após terem tido uma crise.
Qualquer pessoa pode ter uma crise de ansiedade e pânico. Isso ocorre somente em situações de extremo estresse, como um acidente de trânsito ou uma situação de violência.
Quando os sintomas de crise de ansiedade e pânico se manifestam no dia a dia é um sinal de que sua saúde mental precisa de cuidado. Se as crises ocorrem múltiplas vezes, pode ser que ele esteja sofrendo de ansiedade ou pânico sem saber. Os sintomas da ansiedade não são facilmente notados e são confundidos com características da personalidade, desconforto físico passageiro ou respostas emocionais a uma ocasião específica. As pessoas só percebem somente quando os sintomas já estão mais acentuados. Elas começam a perceber que não tinham determinados pensamentos, emoções ou reações antes. Se você tem se sentido incomodado por alguns dos sintomas de ansiedade e pânico procure um psicólogo!