A vacinação é uma das mais bem sucedidas medidas de Saúde Pública para prevenir doenças e salvar vidas. No caso da meningite não é diferente. Segundo a médica e diretora corporativa de Terapia Intensiva do Sistema Hapvida, Francine Gonçalves, a meningite é uma doença perigosa, porém tratável, já que possui vacina. Por isso, de acordo com a médica, a principal orientação é manter o calendário vacinal atualizado.
“A meningite é uma doença caracterizada pela inflamação da meninge, a película que recobre o cérebro”, explica Francine.
A doença acontece, principalmente, devido à infecção por vírus e bactérias. No entanto, também pode acontecer devido a infecção por fungo. Assim, é importante identificar o agente responsável pela meningite.
Sintomas
Por ser uma inflamação que afeta as estruturas do cérebro, a meningite deve ser identificada o mais rápido possível por um médico, para se iniciar o tratamento e evitar o desenvolvimento de lesões, que podem resultar em sequelas permanentes ou até morte.
“Os sintomas são variados. No caso da meningite viral são parecidos com um resfriado comum: febre, falta de apetite e fadiga”, explica a médica do Hapvida. “Já quando é bacteriana, os sintomas são mais fortes e é importante lembrar da meningite meningocócica, que é a mais grave e poder levar à morte”, reforça.
De acordo com Francine, a meningite bacteriana causa febre alta e persistente; dificuldade de abaixar a cabeça até o queixo, tocando o pescoço, por conta da rigidez de nuca; e também manchas vermelhas que aparecem pelo corpo. “Se isso acontecer, é de extrema importância levar de imediato o paciente ao serviço de saúde mais próximo”, frisa.
Tratamento
Apesar da gravidade, a médica enfatiza que a doença é tratável e que existe vacina, gratuita e disponível no SUS. “Por isso é imprescindível que os pais atualizem o cartão vacinal da criança”, diz. “As vacinas para a meningite são a BCG, pentavalente, pneumocócica e meningocócica. Vale ressaltar que a vacina possui mais de uma dose. Assim, é fundamental estar atento aos reforços para que o tratamento não fique incompleto e o paciente suscetível às infecções”, conclui a médica.