O mês de setembro é conhecido por Setembro Amarelo, que é o mês de prevenção ao suicídio. Caso você conheça alguém que pense nisso, investir na Terapia Cognitivo Comportamental é uma boa solução.
A principal ideia dessa abordagem é a de que não é o que acontece em sua vida que dita as suas emoções e pensamentos, mas sim a forma de interpretar esses acontecimentos.
Diante de um pensamento, teremos uma emoção, e baseado nela nos comportamos de uma maneira ou de outra. Assim, teremos alguns pensamentos automáticos sobre certas situações, que nem sempre estão de acordo com o momento de vida atual e podem ser negativos.
Quando isso ocorre, há uma série de conclusões disfuncionais, ou seja, que fogem um pouco da nossa compreensão e geram sentimentos e comportamentos negativos para a vida.
Quando isso é frequente o ideal é buscar um psicólogo para trabalhar a interpretação de cada uma delas reduzindo a negatividade envolvida nas conclusões e concepções do dia a dia.
A Terapia Cognitivo Comportamental mostra-se eficiente na redução do risco de suicídio tanto em adultos quanto em adolescentes. Os pensamentos que envolvem o paciente de tirar a própria vida são tratados separadamente em relação aos transtornos mentais.
As técnicas da Terapia Cognitivo Comportamental envolvem mudanças nos pensamentos e na maneira de agir diante da negatividade.
Os sinais de alerta se baseiam muito nos indícios de possíveis pensamentos suicidas, como as frases que mostram perda do desejo da vida, desejos profundos de desaparecer, culpa, entre outros.
As estratégias internas se referem ao que o próprio paciente pode fazer para conviver com a depressão e lidar com as crises tirando sua mente das questões incômodas. Vale apontar que essas atitudes não envolvem nenhum tipo de ajuda e devem ser de responsabilidade única do paciente.
A ideia é parar para pensar nas pessoas e lugares que não permitem que os pensamentos negativos estejam presentes ou que os minimizem. Uma lista de pessoas e contatos para procurar no momento de desespero é importante.
Para quem tem tendência a pensamentos suicidas, um comportamento impulsivo pode ser perigoso. Portanto, o melhor a fazer é manter o ambiente à volta do paciente o mais seguro possível.
Isso inclui, por exemplo, a retirada de qualquer objeto que permita automutilação, como facas, lâminas, canivetes, tesouras e armas de fogo, além de receitas médicas com prescrição controlada, remédios e substâncias que possam causar problemas de saúde quando ingeridas.
Ao ter consciência da condição psicológica, cabe ao paciente pedir para que esses itens sejam retirados de perto dele, ao passo em que quem convive com ele também deve tomar esses cuidados.
Fazer uma lista com sentimentos bons e razões pelas quais vale à pena viver é importante. Ressaltar o sentido da vida é primordial. É importante desenvolver razões para que o paciente tenha esperança de que tudo irá melhorar.
É preciso ser trabalhado o fato de deixar para trás o suicídio como uma possibilidade de alívio e desespero. Grande parte dos pacientes entende o ato de tirar a própria vida como uma escapatória para os problemas pelos quais está passando. É importante entender que a solução virá com o tempo, esperar esse período é crucial para a evolução do tratamento.