Olá queridos irmãos! Escrevo hoje, não para pedir voto para esse ou aquele candidato, nem dizer quem está certo ou errado. Afinal, como ouvi de um padre uma vez: “cada um escolhe seu malvado favorito”. Mas, observando o cenário de divisão e ataques à Igreja por seus “membros”, me recordei como os doutores da lei, anciãos e fariseus condenaram Jesus à morte.
Movidos pelo ódio e pelo simples fato do Cristo andar com a “escória da sociedade” e através de suas reflexões e sinais, questionar seu estilo de vida que era incompatível com quem serve a Deus, eles para crucificá-lo, tendo aprovação das pessoas, espalharam um monte de mentiras, medos e angústias no coração do povo e isso os dividiu. Tal como fazem hoje, as chamadas “fake news” têm um objetivo: causar medo, dúvidas e divisão no povo. E sabe por quê? Porque dividindo e enganando o povo, enquanto eles brigam, o poder e o estilo de vida “superior” de alguns se mantêm causando a miséria para milhões. Contra esse mal Jesus nos ensinou amar a Deus e ao próximo como a si mesmo (Mc 12, 30-31).
Não nos permitamos acreditar em mentiras, nem se imaginar melhores que ninguém! Católico que ama Jesus e sua Igreja a respeita e luta com e por ela em comunhão com o papa, bispos, padres, etc., e não com partidos, candidatos e ideologias que a atacam e fazem irmãos atacaram-se mutuamente!
Por isso, quando se preocupar com a perseguição à Igreja e se elas serão fechadas: preocupe-se como está sua Igreja doméstica, se ela já não se fechou faz tempo quando vocês deixaram de rezar diariamente! Veja se seu coração ainda está aberto às necessidades do próximo e da Igreja! Veja se a defende, se a vive quando te chamam para participar mais ativamente nas pastorais; na devolução do dízimo; quando te falam pra colocar teus filhos na catequese; quando te convidam para os cursos bíblicos e doutrinais; quando te falam pra ler a Bíblia todos os dias, etc.!
Quando se preocupar com a morte causada pelo aborto: preocupe-se também com aquilo que você pensa e faz com seu corpo e do outro em relação ao sexo, preservativos e ao matrimônio! Pense também nas outras formas de matar usando ou permitindo o uso de armas não só de fogo, mas da língua, da mesquinhez, da pobreza, da mentira, do orgulho, da vingança, da divisão, das “fake news”!
Quanto ao comunismo (se é que você entende sobre isso): preocupe-se em unificar seu lar; estar unido ao papa; estar unido à sua paróquia, ao seu bispo e seu padre!
Por fim, se você realmente ama a Igreja: SEJA IGREJA! Veja se seu amor por Deus e pelo próximo é capaz de superar suas diferenças políticas, sociais, econômicas, de cor, de raça e de gênero. Veja se é capaz de divulgar com o mesmo afinco que difunde as coisas do seu candidato, as coisas positivas que acontecem em sua paróquia, comunidade, pastoral…
Além disso, aquele que ama realmente a Igreja, participa semanalmente da Santa Missa, busca se necessário os demais sacramentos, lê a Bíblia diariamente, conhece e vive os Mandamentos, tem constante vida de oração sozinho e com sua família, estuda o Catecismo da Igreja e seu documentos, busca participar de alguma pastoral, e tem a “ousadia” de divulgar isso para seus familiares, amigos, redes sociais, sendo para si e para os outros um discípulo missionário que dá testemunho de caridade, de oração, de penitência, de honestidade, de fidelidade matrimonial.
Encerro lembrando que é a oração que faz a comunhão da nossa Igreja Católica Apostólica Romana. Por isso, peço que rezemos ao Pai, e ao Filho e ao Espírito Santo pedindo a paz para todos nós, para o nosso país e pelo mundo inteiro nesses tempos sombrios de intolerância, fundamentalismos, extremismos, pandemia e risco de Guerra Nuclear.
Pe. Luiz Paulo SoaresPároco da Paróquia Santa Ana e São Joaquim – Barretos/SPDiocese de Barretos