A educação sexual é uma ferramenta muito importante na prevenção de casos de violência sexual. Crianças que conhecem seu corpo e sabem reconhecer quando sua privacidade é violada têm mais chances de relatar situações de abuso a um adulto de confiança.
Ensinar, desde cedo e com abordagens apropriadas para cada faixa etária, conceitos de autoproteção, consentimento, integridade corporal, sentimentos e a diferença entre toques agradáveis e toques desconfortáveis é fundamental para aumentar as chances de proteger crianças e adolescentes de possíveis violações.
Dialogar sobre temas que envolvem sexualidade pode trazer muitos benefícios para a saúde sexual, física e emocional de crianças e adolescentes. É muito importante saber a hora e a melhor maneira de falar sobre sexualidade com as crianças e adolescentes. Respeitar as fases de crescimento e o que abordar em cada uma delas pode auxiliar a evitar problemas na maneira de lidar com a questão, respeitando formas de expressão da sexualidade, sem reprimi-las, e empoderando meninas e meninos sobre o seu próprio corpo.
Educar sexualmente crianças e jovens é uma tarefa difícil para pais e um desafio para as escolas. Educação sexual é um assunto delicado, que deve ser tratado de maneira natural, não dando para fugir do assunto e perguntas das crianças.
Se o tema for abordado naturalmente desde cedo, mais fácil se tornará quando eles forem crianças maiores ou adolescentes. É extremamente necessário que eles compreendam quando houver um comportamento abusivo por parte de um adulto ou de crianças mais velhas. Temos que ficar atentos, pois os números de violência e abuso sexual contra crianças e adolescentes são assustadores.
Esta forma de violência pode ser definida como qualquer contato ou interação entre uma criança ou adolescente e alguém em estágio psicossexual mais avançado do desenvolvimento, na qual a criança ou adolescente estiver sendo usado para estimulação sexual do perpetrador. A interação sexual pode incluir toques, carícias, sexo oral ou relações nas quais não há contato físico, tais como voyerismo, assédio e exibicionismo (HABIZANG, et al., 2009)
A maioria da violência sexual contra crianças e adolescentes ocorre em casa com familiares ou pessoas próximas da família, é de extrema importância que sejam criadas formas para identificar e combate esse tipo de violência. Com a pandemia as crianças estão ficando mais em casa e com isso a violência sexual dentro dos próprios lares aumentou.
O lugar mais propício para diagnosticar a violência sexual é na escola. Grande parte dos casos são identificados por professores e funcionários da escola. É muito importante que os professores consigam abordar esse tipo de assunto dentro da sala de aula, com o objetivo de os alunos aprenderem a diferença de afeto e abuso, a conhecerem o próprio corpo e poderem se defender de uma possível violência sexual.
Para adolescentes, a educação sexual ajuda a prevenir doenças sexualmente transmissíveis e uma indesejada gravidez na adolescência. É importante que os adolescentes conheçam o próprio corpo e tenham um ambiente seguro para tirar dúvidas.