O dia 31 de julho é comemorado um dos maiores momentos de prazer sexual do ser humano: o orgasmo. A celebração foi estabelecida em 31 de julho de 1999 por redes de sexyshops da Inglaterra no intuito de aquecer as vendas de produtos eróticos e promover o debate sobre as dificuldades de muitas pessoas em chegar ao ápice do prazer, de uma forma mais livre e sem tabu. Por ser um assunto ligado a saúde e ao bem estar deveria ser mais falado, mas ainda há uma certa vergonha e resistência em falar abertamente sobre o assunto. Entre os benefícios do orgasmo temos: a queima de calorias, regula o ciclo menstrual, aumenta a imunidade, diminui o estresse, estimula a autoconfiança, melhora o humor, reduz a ansiedade, promove o equilíbrio energético, reduz ansiedade e ainda estreita vínculos entre casais.
Há um estudo realizado pela Wilkes University, nos Estados Unidos, onde aponta que uma vida sexualmente ativa aumenta os níveis do anticorpo chamado IgA, responsável pela proteção do organismo de infecções e gripes. Conforme o periódico acadêmico bimestral Psychological Reports, aqueles que fazem sexo com mais frequência apresentam 30% a mais de imunoglobina, anticorpos que atuam na defesa do corpo contra possíveis infecções.
O orgasmo é uma reação do sistema nervoso parassimpático aos estímulos provenientes dos órgãos genitais. Conforme a Revista Super Interessante, para chegar ao orgasmo, o sistema nervoso ordena, em primeiro lugar, que os batimentos cardíacos acelerem, autorizando um derrame do hormônio adrenalina. No cérebro, por sua vez, um crescente número de neurônios passa a secretar substâncias ativadoras de certas regiões, que são reconhecidamente o centro das sensações de prazer. Eles podem variar em intensidade, duração e frequência. Os orgasmos podem ocorrer com pouca estimulação sexual, mas às vezes é necessário muito mais estímulo.
Muitas mulheres têm dificuldade em atingir o orgasmo com um parceiro, mesmo após uma ampla estimulação sexual. A falta de conhecimento sobre a própria sexualidade, desinformação sobre a fisiologia da resposta sexual, problemas de ordem pessoal e sobretudo conflitos conjugais são capazes de desencadear sérios problemas emocionais nas mulheres e consequentemente alterar a sua resposta sexual.
A anorgasmia é uma condição que ocorre quando um indivíduo tem dificuldade em atingir o orgasmo. Essa dificuldade ocorre mesmo estando sexualmente excitado e havendo estimulação sexual suficiente. Quando essa condição ocorre em mulheres, é conhecida como anorgasmia feminina. Os homens também podem experimentar disfunção orgásmica, mas isso é muito menos comum.
Se você sofre com a dificuldade para chegar ao orgasmo fazer terapia pode te ajudar.. Parte da terapia individual ou de casais se concentra em como você vê a relação sexual. Um profissional pode ajudar você e seu parceiro a aprender mais sobre as necessidades e desejos sexuais de um outro. Na terapia também será abordado quaisquer problemas de relacionamento ou estressores cotidianos que podem estar contribuindo para a sua incapacidade de orgasmo. Resolver essas causas subjacentes pode ajudar você a atingir o orgasmo no futuro.
O sexo vai além da penetração vaginal. Uma experiência sexual envolve beijos ardentes, carícias demoradas, elogios sinceros, segurança no parceiro, posições variadas, sexo oral e estimulação do clitóris. Os momentos antecedentes ao ato, como as mensagens quentes trocadas ao longo do dia, também interferem na relação como um todo.
A qualidade do relacionamento ou do laço com o parceiro também são muito importantes.
Sentir-se segura de si colabora para que o sexo seja melhor. Mulheres que criticam de seus corpos costumam ter mais dificuldade para ter orgasmos.
Entre os fatores que dificultam o orgasmo feminino estão:
- Crenças negativas sobre sexo. Na nossa sociedade é mais comum ensinar coisas negativas sobre o sexo para meninas. Entre elas que o “sexo é sujo”, que “mulher precisa ser recatada em relação ao sexo”.
- Traumas. Esses não precisam estar ligados somente ao sexo com penetração. Experiências negativas com masturbação, sexo oral, palavras pejorativas, ou com o vislumbre do órgão genital masculino quando criança influenciam a vida sexual. Muitas vezes, esses traumas se transformam em memórias reprimidas.
- Dor. Mulheres que sentem dor com a penetração devem consultar um médico porque dor constante não é comum. Se o parceiro estiver sendo vigoroso demais, converse com ele para que o incidente não se repita.
- Ir sempre direito ao ponto. A rotina pode afundar qualquer relacionamento. Se o parceiro somente pensa no “vamos ver”, ignorando os desejos da parceira de tentar algo diferente ou ir mais devagar, o sexo não será prazeroso. Para estimular o orgasmo feminino dentro do relacionamento ou nas relações casuais a primeira coisa a se fazer é estar de acordo consigo mesma, pois este é o seu relacionamento mais importante. É necessário que você se vê como a pessoa que é de verdade. Ao contrário, pode até mesmo pensar que não merece sentir prazer.
Com mais autoconfiança e amor-próprio, você conseguirá aproveitar o sexo e, ainda, ter coragem para conversar com o parceiro sobre problemas sexuais.