Dependência Química no trabalho: o que fazer?

O crescimento da dependência química no trabalho tem se tornado uma preocupação cada vez maior para as empresas. Embora o uso do álcool, maconha, cocaína e outros tipos de drogas muitas vezes passe despercebido nas organizações, a verdade é que trabalhadores dependentes químicos sofrem com grandes dificuldades em decorrência desse hábito.

A diminuição da motivação, o surgimento de conflito entre os funcionários e até a demissão do emprego são consequências que podem ser geradas pela dependência química.

A dependência química interfere diretamente tanto em fatores físicos quanto psicológicos e, causa um impacto bastante negativa as atividades trabalhistas e ações cotidianas na empresa.

Entre as consequências das drogas no ambiente corporativo temos:

  • Queda da qualidade do trabalho;
  • Perda da produtividade;
  • Atrasos com frequência;
  • Diminuição da capacidade atencional;
  • Necessidade de saídas em horário de expediente;
  • Alterações no comportamento;
  • Mudanças nos hábitos cotidianos (descuido com a aparência, higiene pessoal etc).

Tanto a família quanto as empresas também precisam prestar atenção a determinados acontecimentos que podem mostrar que a pessoa tem dependência química. Entre eles temos:  

  1. Ausências durante o trabalho

O dependente químico passa a ter atrasos com frequência ou costumam deixar seus postos de trabalho em horário de serviço. Esse hábito pode ser explicado pela inquietação ocasionada pelo vício ou pela grande necessidade do uso da droga em dado momento.

  • Ocorrência de acidentes de trabalho

A dependência química está entre uma das principais causas de acidentes no trabalho. Estima-se que um em cada cinco acidentes é provocado pelo consumo de drogas, conforme a Organização Mundial do Trabalho.  As substâncias presentes na maconha, cocaína e heroína, por exemplo, afetam a capacidade de concentração e coordenação, o que dificulta a utilização de máquinas corretamente, bem como reflete no mau uso dos equipamentos de segurança.

  • Queda de produtividade

As drogas provocam mudanças severas no funcionamento do cérebro, e quanto mais intenso o vício, piores são os efeitos na produtividade. Isso porque a concentração é afetada, já que a ansiedade pelo uso de substâncias químicas é grande. O trabalhador faz pausas em suas atividades, há uma interrupção do seu fluxo de ação, o que aumenta a dificuldade de produzir rapidamente e resulta na perda de tempo.

  • Dificuldades no relacionamento interpessoal

Alternâncias no comportamento com os colegas, reações exageradas às sugestões ou críticas, isolamento e tendência a evitar o contato em grupo também podem ser um sinal do uso de drogas.

Para lidar com colaboradores dependentes químicos é fundamental que a empresa adote uma postura proativa. Em vez de optar apenas pela concessão de licenças ou pelo afastamento do funcionário, o ideal é encontrar uma atuação adequada.

´É importante estimular práticas saudáveis e a promoção da conscientização dos malefícios ocasionados pelo uso das drogas são as melhores opções. É importante orientar o colaborador a buscar uma ajuda psicológica e uma clínica para internação.

Portanto, a dependência química no trabalho é um assunto que merece atenção, não só pelas consequências que tem para a empresa, mas principalmente também pelos prejuízos que serão causados aos trabalhadores dependentes químicos. Toda a equipe da organização é fundamental para o restabelecimento da qualidade de vida que foi reduzida em decorrência do uso das drogas.

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