Convivência familiar na pandemia

Com o isolamento social prolongado estão ocorrendo muitas situações conflitantes no ambiente familiar, principalmente com o home office e aulas remotas. Isso exigiu uma adaptação e flexibilização que, na maioria das vezes, não é tão fácil de desenvolver.

Para ter uma boa convivência é importante respeitar a individualidade e os limites de cada um, tendo o diálogo como forma de resolver conflitos.

A humanidade inteira está passando por um processo de adaptação forçada e muitas pessoas podem ter dificuldades para lidar com tudo isso, e está tudo bem. A pandemia tem provocado uma série de transtornos às pessoas em geral, em diversas áreas de suas vidas. Seja no enfrentamento da doença, no isolamento obrigatório e necessário, no campo de batalha onde vários profissionais estão atuando para assegurar que o que precisa ser mantido continue funcionando.

Reflita se você conhece bem sua família. Questiono isso, pelo fato de muitas famílias, devido a inserção da tecnologia ou por vários outros motivos, acabam que não se conhecem tão bem assim.

Faça as seguintes perguntas para você:

  • Já passou um tempo com algum familiar sem mexer no celular?
  • Já conseguiu ficar mais de 30 minutos conversando com um familiar sem querer ver o que tem na TV?
  • Já conseguiu ter um momento de brincar exclusivo com um familiar?
  • Já conseguiu ter um momento de lazer com toda sua família sem aderir às tecnologias?
  • Você conhece bem esse familiar a ponto de saber o ele que gosta ou não?

Caso tenha respondido não para a maioria das perguntas, então você já tem noção que precisa conhecer sua família e nada melhor que aproveitarmos esse momento de isolamento para isso, para ter encontros saudáveis com seus familiares.

Há lares em que a convivência pode ser extremamente pacífica e de apoio mútuo. Em outros lares alguns problemas podem emergir, contribuindo para situações desconfortáveis, aumento da ansiedade e do estresse e até mesmo para o surgimento de feridas emocionais.

Veja o isolamento como o momento perfeito para tentar novas formas de relacionamento e de atitudes afetivas. Mesmo por que conflitos antigos não podem ser resolvidos com as mesmas atitudes. Muitas dessas novas formas vêm do olhar atento às necessidades do outro. É fundamental ouvir o que o outro tem a dizer, observar as suas atitudes e pensar antes de agir.

Um exemplo disso pode ser os filhos. Talvez seus filhos estejam fazendo muita bagunça, por quererem um pouco da sua atenção de uma forma diferente, de uma maneira inusitada. Ouça o que eles têm a dizer e trabalhe no diálogo apurado e na conversa sensível.