Mesmo na estação considerada a mais fria do ano, o inverno, e quando o sol não faz tantas aparições, os médicos ressaltam a importância dos cuidados diários para prevenção do câncer de pele, já que os raios ultravioletas continuam presentes também nesta época.
“A radiação ultravioleta do sol – conhecida como raio UV – é a principal vilã no câncer de pele. A exposição por longos períodos durante o dia sem nenhuma proteção é considerada um fator de risco preocupante em qualquer estação do ano”, afirma Carlos Fruet, oncologista do InORP Oncoclínicas.
Além do risco elevado da exposição prolongada e repetida ao sol, o médico destaca que pessoas com pele e olhos claros, cabelos ruivos ou loiros, albinos, ou com histórico familiar da neoplasia, também figuram como fatores que contribuem para o aparecimento do câncer de pele.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o tipo de Câncer de pele não-melanoma é o mais frequente no Brasil e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Já o melanoma representa apenas 3% das neoplasias malignas da pele, porém é o tipo mais grave, devido à sua alta probabilidade de provocar metástase.
“Sempre é importante ficar alerta ao surgimento de novas ‘pintas’ ou mudança no aspecto de uma pré-existente, como aumento de tamanho, variação de cor, perda da definição de bordas ou até mesmo quando ocorrem sangramentos. Além disso, toda lesão na pele que não cicatriza após 3 ou 4 semanas devem ser obrigatoriamente avaliadas por um médico. Se identificado na fase inicial, o câncer de pele tem altos índices de cura”, reforça Carlos Fruet.
Para a prevenção, é essencial usar o protetor solar diariamente mesmo no inverno, idealmente fator 30 ou mais, aplicá-lo antes de sair de casa, reaplicá-lo durante o dia e evitar a exposição solar entre 10h e 16h. “Para se ter uma ideia, os raios do sol podem penetrar janelas, atravessar a cobertura de nuvens e ainda são refletidos pela água, areia e concreto, ou seja, mesmo na sombra é necessário bloquear a radiação na pele”, finaliza o oncologista.