O Natal é uma das festas mais comemoradas. É a época de vermos muito a figura do Papai Noel em ruas, lojas, shoppings e restaurantes.
O que não é nada ruim, já que ver os filhos felizes é um dos maiores prazeres de pais e mães. Incentivar a crença no Papai Noel em nossas crianças é absolutamente saudável e toda criança merece viver o encanto do Natal.
A fantasia da criança é fundamental para o desenvolvimento cognitivo. Para a criança tudo é novidade. Viver um mundo imaginário é algo que pode enriquecer o raciocínio, a capacidade de criar e de pensar em possibilidades para soluções de problemas.
É papel dos pais facilitar o mundo da imaginação para os pequenos, oferecendo-lhes todas as possibilidades de sonho e fantasia. O Papai Noel é uma das recordações mais bonitas que trazemos da infância.
Essa figura representa o valor da família e respeito ao idoso. Proporciona uma infância mais feliz e cheia de imaginação. É a figura que se esforça para atender aos nossos desejos. É através da nossa imaginação e da fantasia que conseguimos elaborar nossas questões afetivas e isso começa na infância.
Quando seu filho perguntar se o bom velhinho existe, os pais não devem confirmar e nem negar totalmente. Uma boa resposta nessa hora seria dizer que existe para quem acredita nele. Outra saída é devolver a pergunta para a criança, ajudando-a a estruturar seu pensamento: “O que você acha filho? Como você imagina que o Papai Noel seja?”
A crença que as crianças trazem do Papai Noel costuma coincidir com uma fase do desenvolvimento infantil em que o pensamento da criança é bastante centrado na fantasia. Esse período vai dos seis meses aos sete anos, mais ou menos. Ficando mais intenso a partir dos dois anos, quando a linguagem começa a se desenvolver. Vale ressaltar que essa é uma questão muito individual. As crianças começam a desconfiar de que Papai Noel não existe por volta dos seis anos, quando tem início uma estruturação mental que já trabalha com o concreto. A descoberta da verdade deve acontecer espontaneamente, É preciso respeitar o tempo de cada criança. A criança só vai sair magoada e frustrada se a ruptura for destrutiva. Quando a criança descobre sozinha fica com uma gostosa recordação. Elas não descobrem a verdade de uma hora para outra. Começam a desconfiar aos poucos, observando as manobras da família (por exemplo, tirando-a da sala para o Papai Noel poder deixar os presentes), ouvindo cochichos, percebendo olhares. A própria criança vai percebendo que algumas coisas não “batem”, pois há muitos deles espalhados questionando qual é o verdadeiro, ou é um presente que sempre é entregue pelas mãos de um tio, mas foi o Papai Noel que mandou, etc. São evidências, mas elas só vão reuni-las e tirar alguma conclusão lógica quando tiverem maturidade para isso.
Os pais não devem insistir em algo que a criança já percebeu, pois ela se sentirá enganada mais tarde. Assim que percebe que é um amigo da família ou algum conhecido que vestiu uma fantasia; ou até mesmo alguém contratado para esta função está acabado e os pais é que não deveriam ficar frustrados por acharem que os filhos deveriam ter mais um tempinho com esta fantasia.
Já se a crença no Papai Noel persistir depois dos 10 anos, o que é mais incomum, os pais podem procurar refletir se está faltando alguma outra fonte de fantasia para a criança. Esse pode ser um raciocínio também no caso de o pequeno se frustrar demais com a descoberta.
O Natal tem um significado bem particular para cada família. Assim, que a criança começar a compreender as palavras já é possível que os pais comecem a introduzir o significado do Natal, seja este significado o nascimento de Cristo, a comemoração de um ano de realizações, a oportunidade de estar em família e comemorar a união de todos, etc. Os pais devem passar a mensagem de que o Papai Noel é uma figura que existe nos corações das crianças e mesmo sendo apenas uma ideia, e não uma pessoa em carne e osso, é algo muito gostoso de manter como tradição de Natal.
Feliz Natal pra todos!