Nossas relações interpessoais estão diretamente ligadas a nossa saúde mental principalmente o relacionamento amoroso. Dessa forma, é muito normal ter oscilações de emoções. Todavia, será que o amor é capaz de curar tudo?
Borboletas na barriga, uma sensação de felicidade que parece não ter fim, sinos que tocam quando a pessoa chega: são muitas as imagens criadas no imaginário popular para definir o amor. As novelas, livros, filmes e séries estão sempre retratando o amor ideal que transpõe barreiras e move montanhas. Será que isso tudo é verdade?
Um relacionamento saudável, a partir do ponto de vista da psicologia positiva, o amor é um fenômeno que se apresenta no cotidiano e afeta diversas áreas da nossa vida. Ele se manifesta por pessoas como um sentimento intenso. No entanto, a atração também é um aspecto fundamental para uma relação amorosa de sucesso.
Freud considera o amor está relacionado com a sexualidade. Já o behaviorismo compreende o amor como um reforço mútuo de comportamentos. Sendo vários teóricos que estudaram e ainda estudam as relações amorosas para compreender as conexões neurais e as relações sociais que esse sentimento impulsiona.
O casamento é uma das formas de relacionamento mais aceitáveis na sociedade A relação matrimonial é vista como uma das melhores maneiras de atender às necessidades básicas das pessoas, contribuindo com a qualidade de vida e saúde dos envolvidos. É no casamento que se compartilha a casa, a convivência, as conquistas e as derrotas. É nele que se desenvolve um laço de intimidade e investimento afetivo que agrega elevada significância da relação na vida do casal.
A vida a dois também traz alguns obstáculos relacionados ao convívio que precisam de uma boa dose de diálogo e paciência.
A saúde mental afeta os relacionamentos amorosos. Essa interação entre pessoas que se amam aumenta os níveis de satisfação e prazer na vida delas.
Numa pesquisa realizada por Diener e Seligman (2003), pode-se ver que todas as pessoas que se enquadravam num estado de extrema felicidade estavam vivenciando uma relação amorosa. Contudo um estudo nacional conduzido por Almeida-Filho e colaboradores (2004) afirmou que pessoas solteiras e divorciadas estão menos propensas a desenvolver depressão.
Relacionar-se com alguém não é fácil. Entre algumas dicas para ajudar a cuidar da relação e saúde mental temos:
– Foque nas características positivas
Casais satisfeitos e felizes focam nas características positivas um do outro e tendem a perdoar as falhas mais facilidade. Quando um casal está em conflito costumam buscar eventos negativos do passado para reforçar a culpa do outro e dificilmente se colocam com empatia diante dos deslizes do parceiro ou parceira. Os pensamentos positivos e explicações otimistas auxiliam na resolução dos problemas cotidianos com mais racionalidade e autocontrole, tornando o relacionamento amoroso mais colaborativo na vida do outro.
– Busque a resiliência no dia a dia
A resiliência é “a capacidade do indivíduo lidar com problemas, adaptar-se a mudanças, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas”.
A resiliência é um fator importante para o cuidado com a saúde mental e essencial na qualidade dos relacionamentos amorosos.
Para ser resiliente, é necessário desenvolver:
- o sistema de crenças (olhar positivo e transcendência frente às adversidades);
- padrões de organização (coesão, recursos sociais e econômicos e flexibilidade) e;
- comunicação (expressões emocionais abertas e colaboração da solução de problemas).
– Desenvolva empatia na sua relação amorosa
A empatia é a capacidade em nos identificar com outra pessoa, de sentir o que ela sente e de compreender seus pensamentos. Ao desenvolver a empatia a relação amorosa fica mais leve, prazerosa e feliz, reduzindo os conflitos e as chances de separação. Com a empatia entre o casal é possível evitar a evolução de sentimentos como mágoa, rancor, culpa, solidão, raiva, carência, desejo de vingança, entre outros. Compreender o processo do outro também auxilia a entender como nos sentimos e de que forma podemos crescer juntos.
Concluindo o sentimento amor em si pode ser muito positivo e trazer grandes níveis de satisfação para os indivíduos envolvidos. É importante destacar que a maneira como agimos que contribui de fato para a qualidade dos nossos relacionamentos amorosos e para o nosso crescimento pessoal, saúde mental e autonomia. Observa-se que viver sob uma ótica negativa coopera para o surgimento de conflitos e transtornos que podem sim afetar a nossa saúde mental e relacionamentos amorosos.