A baixa umidade do ar e as queimadas na região acendem um alerta à população para os cuidados com a saúde. Isso porque, neste período, crescem os diagnósticos envolvendo problemas respiratórios, ressecamento das mucosas, tosse seca, coriza, crises de asma, rinite, entre outros.
Segundo o pneumologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Pedro Luiz Pompeu da Silva, o parâmetro adequado da umidade do ar para o sistema respiratório funcionar normalmente é de 60%. Mas, como a região tem enfrentado umidades relativas entre 15 e 20%, recentemente, ele alerta sobre as principais consequências do tempo seco e das queimadas para a saúde e traz dicas de prevenção.
“Respiramos, em média, de 8 a 10 mil litros de ar por dia com vírus, bactérias e partículas das mais diversas, que ficam retidas no muco que recobre o nariz, traqueia e brônquios e que é impelido da periferia dos pulmões para a traqueia pelos cílios respiratórios. Com baixa umidade esses cílios ficam paralisados, o que prejudica seriamente o mecanismo de defesa pulmonar, causando tosse, infecções bacterianas e virais”, explica.
Prevenção
Para a redução dos impactos da baixa umidade do ar, o pneumologista indica o uso de umidificadores de ambiente, o aumento da hidratação, lavagem nasal periódica com soro fisiológico e evitar esportes ao ar livre nos horários mais quentes, entre 10h e 16h. “Agora, principalmente, para as pessoas com doenças respiratórias é fundamental estar em dia com a medicação”, orienta.
Outro alerta, de acordo com pneumologista, é em relação à automedicação. O hábito de tomar medicamentos sem a orientação médica adequada traz sérios riscos à saúde. “A automedicação sempre deve ser evitada, pois pode mascarar sintomas. E o atraso em reconhecer um quadro mais sério pode levar a uma situação, muitas vezes, irreversível”, sinaliza.
Por fim, ele destaca que é imprescindível buscar a orientação profissional em casos de doenças ou problemas causados pelo tempo seco. “Dentre os sinais de alerta para a procura de cuidados médicos seriam: falta de ar, febre, tosse persistente, mudança na coloração da secreção e queda do estado geral”, conclui.