O câncer de mama continua sendo um dos tumores malignos mais prevalentes entre a população feminina, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Segundo o levantamento Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil, do Instituto Nacional de Câncer (Inca), são esperados 74 mil casos novos, por ano, até 2025. Em Ribeirão Preto, até setembro deste ano, foram registrados 91 casos somente no Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2022, foram 227.
“Por isso, iniciativas como a campanha Outubro Rosa, que tem o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença; proporcionando maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuindo para a redução da mortalidade, seguem tão relevantes. Já tivemos muitos avanços nesse campo e trabalhamos, diariamente, para evoluir ainda mais”, declara o oncologista da Oncoclínicas Ribeirão Preto, Diocésio Andrade.
FATORES DE RISCO
Não há uma causa única para o câncer de mama. De acordo com o especialista, diversos fatores estão relacionados ao desenvolvimento da doença entre as mulheres, como: aspectos da vida reprodutiva/hormonais, hereditários/genéticos e comportamentais/ambientais.
“Lembrando que, nesse último tópico, a adoção de hábitos mais saudáveis, como praticar atividades físicas regularmente, seguir uma alimentação equilibrada e evitar bebidas alcoólicas e tabagismo, entre outros, pode contribuir para prevenir até 30% dos casos. Hoje, também dispomos dos exames de rastreamento genético, que se tornaram uma importante ferramenta contra o câncer”, salienta Diocésio.
SINAIS E SINTOMAS
O oncologista explica que os sinais e sintomas do câncer de mama podem variar. “O sintoma mais comum é o aparecimento de um nódulo ou massa, próximo a região das mamas ou da axila.
Também é comum ocorrer alteração no tamanho ou na forma da mama, alteração no aspecto da mama, aréola ou mamilo, saída de secreção pelo mamilo, sensibilidade mamilar ou inversão do mamilo para dentro da mama, enrugamento ou endurecimento da mama, sensações diferentes como calor, inchaço e rubor. Vale ressaltar que, os sintomas podem variar de pessoa pra pessoa ou inclusive, não aparecerem”, comenta Diocésio Andrade.
DIAGNÓSTICO PRECOCE E TRATAMENTOS
Importante: mesmo apresentando um ou mais sintomas, o diagnóstico correto só pode ser feito por um especialista. O acompanhamento médico e a realização dos exames de rotina – incluindo a mamografia a partir dos 40 anos – seguem como protocolos recomendados, já que a detecção precoce eleva as chances de um prognóstico positivo.
“Além disso, dispomos de um amplo arsenal terapêutico, possibilitando um tratamento individualizado e com maiores índices de resolutividade”, conclui o oncologista.