Julho é o mês de alerta para a conscientização sobre o Sarcoma, tipo de câncer raro que acomete partes do corpo provenientes de tecidos como músculos, gordura, cartilagens, ossos e também órgãos como rim e estômago. É um tipo de neoplasia rara, representando aproximadamente 1% de todos os casos de câncer.
De acordo com o Dr. Carlos Fruet, oncologista da Oncoclínicas Ribeirão Preto, o Sarcoma é considerado um câncer heterogêneo e, que pode ser dividido em dois grupos: “Podemos classificá-lo como ósseo e não ósseo. O primeiro se origina em ossos e cartilagens e o segundo surge em tecidos moles, como músculos, nervos, gordura, vasos sanguíneos, tecidos fibrosos e até mesmo nos tecidos mais profundos da pele”, explica.
Dentre os Sarcomas ósseos, os mais frequentes são os osteossarcomas, um dos tipos de cânceres infantojuvenil mais comuns, que começa nas células formadoras dos ossos e atinge principalmente crianças. Já nos Sarcomas de partes moles, os mais frequentes são os chamados lipossarcomas, que se originam em células de gordura, os leiomiossarcomas de células musculares e os sarcomas pleomórficos.
Por ser um tipo raro de câncer e não haver fatores de risco bem definidos, não há estatísticas brasileiras sobre sua incidência. “Estima-se que cerca de 60% dos tumores se desenvolvem nas extremidades (braços e pernas), entretanto, a neoplasia pode aparecer em qualquer parte do corpo. Um dos fatores de risco importante para a doença é o uso de Radioterapia prévia”, comenta Fruet.
O médico menciona ainda alguns dos sintomas variados que podem aparecer dependendo da localização da lesão e das estruturas afetadas. Por isso, deve-se ter uma atenção especial para caroços em crescimento pelo corpo, incluindo músculos e ossos, além de dor óssea em criança, que muitas vezes é confundida com “dor de crescimento”.