O dia 8 de março é conhecido internacionalmente como o “Dia da Mulher”, aquela que séculos atrás, assim como nos dias de hoje, reivindicou seus direitos trabalhistas, o respeito, o reconhecimento e o seu espaço dentro de uma sociedade patriarcal, além da luta pelo fim do trabalho infantil, que era bastante comum na época da Revolução Industrial.
Foram muitos avanços e conquistas que as mulheres já tiveram desde que esta luta iniciou na metade do século XIX nos Estados Unidos e Europa, mas ainda temos muito que avançar.
Essa data não deve ser apenas um dia para presentear a mulher, mas para aplaudir suas conquistas perante a sociedade, por seu esforço diário e por todos os papéis que ela desempenha em sua vida particular e social. Deve ser um dia em que a sociedade pare para discutir as discriminações e preconceitos na ocupação de cargos nas empresas, nas diferenças salariais, sobre a violência moral, sexual, financeira e psicológica que muitas mulheres sofrem e que também seja um dia para se pensar sobre a saúde mental da mulher.
A mulher moderna desenvolve várias funções: ela é mãe, filha, esposa, dona de casa, profissional, estudante e mulher. Mulher com toda a sua amorosidade, perseverança e cuidado com tudo e todos, com seu jeito de enxergar a vida e as pessoas ao seu redor. Mas, dar conta de tudo isso pode atrapalhar a saúde física, emocional e psicológica dela.
Temos a emancipação feminina e, por outro lado, o acúmulo de muitas funções diárias, como resultado de sua afirmação social. Existem muitas mulheres que tem grande apoio de seus parceiros e familiares no que diz respeito à divisão da responsabilidade dentro do lar, no cuidado dos filhos, educação, no apoio à vida profissional, mas, a grande maioria ainda, está longe desta realidade.
Há uma preocupação com a saúde mental e emocional e também da qualidade de vida da mulher, que sofre impactos internos e externos que podem se tornar fatores contribuintes para o surgimento de transtornos psicológicos, como a depressão, por exemplo. Vários estudos apontam que a mulher tem maior propensão ao desenvolvimento de transtornos psicológicos quando comparada com o homem. Outros fatores favorecem que a mulher seja o alvo principal do Transtorno Depressivo:
- as alterações hormonais que geram a menarca (1ª menstruação);
- as transformações físicas evidentes;
- a preparação mensal interna do corpo para menstruação;
- as mudanças da própria gravidez e do pós-parto;
- o climatério e a menopausa.
A mulher se divide em muitas para conseguir realizar com eficiência todas as suas funções podendo, diante disso, ficar mais cansada, sem energia, mais preocupada, mais deprimida, mais irritada, sem esperança, mais chorona, desinteressada por coisas que antes gostavam, se sentindo sem valor, inútil, etc. Esses são alguns dos sintomas que sugerem o transtorno depressivo e que merecem toda a atenção e cuidados para que não se agrave e leve ao suicídio da mulher
O elevado nível de estresse cotidiano pode estar relacionado ao desenvolvimento da depressão. Para evitar que isso ocorra é importante que mulher destine um tempo para ela, cuidando da sua aparência, do seu corpo, da autoestima e da mente. A mulher não deve assumir todas as responsabilidades do cotidiano familiar. É importante dividir as atividades com o marido e demais familiares. A mulher deve praticar atividade física e respeitar seu sono, dessa forma ficará mais disposta. Ela precisa ter um momento dela, realizando algo que realmente gosta, proporcionando prazer a fim de diminuir o estresse. A mulher precisa também de convívio com outras pessoas, ter companhia para um passeio, para dividir os problemas, para jogar conversa fora e rir.