É muito difícil um casal que não encontra alguns problemas no relacionamento, uma vez que existem altos e baixos em toda vida amorosa. Quando reconhecemos antecipadamente quais são essas dificuldades e aprendemos a lidar com elas, a chance é muito maior de superá-las.
Problemas com dinheiro, divisão de tarefas domésticas, falta de comunicação, dificuldades sexuais, lidar com a família, desconfiança, desrespeito, controle, falta de empatia, são alguns exemplos dos principais problemas que podem atrapalhar a vida de todo casal.
É necessário investir nos relacionamentos para mantê-los bem. Sendo o psicólogo um profissional que pode auxiliar nessas dificuldades.
Entre os principais tipos de problemas em um relacionamento não-saudável temos:
– Amor patológico: tendo como característica o comportamento incontrolável de cuidado e atenção ao parceiro, negligenciando as próprias necessidades. Normalmente, vem acompanhado de descontrole emocional, bem como extrema dependência do parceiro e ciúmes excessivos, chegando a comprometer a realização de atividades diárias, o trabalho e o relacionamento com a família. O amor patológico que, pode estar associado ou não a outros tipos de transtornos mentais como transtornos de personalidade, transtorno obsessivo-compulsivo, ansiedade e depressão, todavia a relação do casal em si é patológica. A terapia é uma das principais intervenções para quem sofre com o amor patológico, tendo como objetivo ajudar o paciente a ter relacionamento mais saudável, colocando em prática comportamentos mais adequados, diminuindo a obsessão e a dependência pelo outro. A terapia pode ajudar na auto aceitação, bem como identificar outros possíveis transtornos relacionados.
– Ciúme excessivo: o ciúmes em si é um sentimento considerado relativamente normal. Entretanto, em excesso, pode se tornar destrutivo, afetando a vida de todos os envolvidos. O ciúme excessivo pode ser dividido em: Ciúme exagerado, ciúme obsessivo e ciúme patológico..
– Ciúme exagerado quando, por insegurança, as pessoas fantasiam algo e tendem a desconfiar de todo e qualquer movimento do outro, querendo verificar o tempo todo como o parceiro está, com quem está e o local em que ele se encontra;
– Ciúme obsessivo quando as pessoas têm pensamentos frequentes, sem motivo aparente, de forma indesejada e repetitiva sobre a infidelidade, afetando intensamente o relacionamento;
– Ciúme patológico quando as atitudes que levam à inspeção obsessiva, repetitiva e contínua da vida do parceiro para evitar uma suposta, e geralmente fantasiosa, traição. Neste tipo de ciúme a perda do controle é frequente e atitudes violentas tendem a acontecer.
O ciúme excessivo, causa sofrimento e precisa de auxílio psicológico para evitar consequências ainda mais negativas nos relacionamentos.
As causas do ciúme excessivo podem variar de uma pessoa para outra. Envolve insegurança, baixa auto aceitação, falta de autoconfiança e possíveis outros distúrbios psicológicos, além da escolha de parceiros inadequados.
A Terapia Cognitivo Comportamental é uma opção, para tratar o ciúme excessivo, pois ajuda a identificar os pensamentos disfuncionais e as atitudes prejudiciais, modificando crenças e trabalhando a auto aceitação e o autocontrole para que o paciente possa construir relacionamentos saudáveis, bem como aprender habilidades para regulação emocional.
– Relacionamento abusivo: pode envolver violência física, mas inclui também outras formas de violência, como a psicológica, sexual e financeira. Muitas vezes estas outras maneiras, por não gerarem marcas físicas, acabam sendo mais difíceis de serem percebidas tanto pela vítima como por pessoas ao redor dela. Nos relacionamentos saudáveis existe respeito, confiança e consideração pela outra pessoa. Já os relacionamentos abusivos envolvem maus-tratos, desrespeito, ciúmes intensos, comportamento controlador, diminuir o parceiro com críticas ou violência física.
Na maioria dos casos a vítima demora a perceber que está em um relacionamento abusivo. O primeiro passo para sair de um relacionamento abusivo é entender que todos possuem o direito de ser tratado com respeito e não ser prejudicado física ou emocionalmente por outra pessoa. Um psicólogo ajuda a lidar com os traumas de um relacionamento abusivo e buscar maneiras de sair desse tipo de relação. O agressor também pode buscar ajuda terapêutica para aprender a mudar o próprio comportamento e a se relacionar de forma mais sadia.