Esse é um ano especial pela celebração dos 170 anos de Barretos. Mas também é especial por outra razão: há 100 anos a Primeira Igreja Presbiteriana era fundada.
Tudo começou com a vinda do pastor Octávio Jansen para pregar o evangelho na cidade. Ele pastoreava em São Carlos e vinha mensalmente a Barretos, para as reuniões organizadas na casa de D. Maria Branca. O ano era 1924.
Em 1925 um missionário norte-americano chegou a Barretos. O seu nome era Robert Dale Daffin, e ele foi designado pela West Brazil Mission para cuidar do trabalho presbiteriano na cidade. Adquiriu uma propriedade à Rua 22, 108, e ali as reuniões da igreja, que iniciou com o pequeno número de 6 pessoas, foram realizadas.
O primeiro salão de cultos foi estabelecido em 1928 e, com o crescimento ao longo dos anos, tornou-se necessário expandir a estrutura. Em 1949, sob a direção do Pastor Teófilo Carnier, o projeto de um templo novo foi iniciado. Em 1952, o Pastor Josué Spina França inaugurou o salão social e, alguns anos depois, o prédio ficou pronto.
O local era o mesmo, mas a numeração mudou. Agora a igreja está localizada à Rua 22, 631, com seu belo templo e torre, em traços arquitetônicos peculiares, uso de madeira e um ambiente que nos remete à solidez, ao sublime e ao aconchego.
A igreja, porém, é algo diferente do seu prédio. A igreja é a comunidade de adoradores do Cristo revelado na Bíblia. E, embora o passar das décadas revele os desafios da edificação de um prédio no meio da cidade, apontando para o alto, outra edificação mais significativa estava sendo estabelecida: a de uma comunidade composta de vidas impactadas e transformadas pela graça de Deus.
Ao longo de um século, muitas pessoas passaram pela igreja. Desde aqueles que nasceram e morreram em Barretos, até aqueles que vêm a igreja buscando um refúgio: pessoas que chegam na cidade para fazer tratamento no hospital ou passar algum tempo em aperfeiçoamento acadêmico e técnico por ali, dentre outros que encontram no centro da cidade mais do que um prédio antigo — encontram uma comunidade viva.
Muito se poderia falar das contribuições da igreja para a cidade. O prédio para a paisagem arquitetônica do centro, a sociedade beneficente para o cuidado de necessitados, os trabalhos de capelania nos hospitais, etc. Tudo isso sem mencionar os membros da igreja, que têm servido em diversas funções, como professores, políticos, gerentes de banco, médicos, advogados, dentre tantas outras vocações exercidas para o bem comum, visando a glória de Deus. A história da cidade caminha com a história da igreja, e a Primeira Igreja Presbiteriana de Barretos tem entendido que o seu chamado é ser uma comunidade viva e acolhedora, exatamente como o seu prédio: no meio da cidade, apontando para o alto.
Que esses 100 anos abram espaço para mais tantos anos quantos Deus permitir que a igreja sirva nessa caminhada.