Após saber da morte de astronauta Michael Collins passou um filme em minha cabeça. Um filme sim, afinal, como esquecer aqueles momentos mágicos e da frase imortal de Neil Armstrong, primeiro homem a pisar na Lua: “UM PEQUENO PASSO PARA O HOMEM, MAS UM GRANDE SALTO PARA A HUMANIDADE.”
Collins era o piloto da Apolo 11 e ficou no módulo comando enquanto Neil Armstrong e Edwin Eugene “Buzz” Aldrin Jr. entravam para a eternidade como os pioneiros a pisar no solo lunar.
Neil Armstrong faleceu em 2012, agora Michael Collins fez sua passagem. Daqueles três e, para sempre heróis, restou o popular Buzz Aldrin.
Um grande salto para humanidade! Armstrong sempre teve razão! Aquele momento tem um simbolismo especial em todos os significados dos avanços científicos e tecnológicos que o futuro revelou.
O que víamos nas séries de ficção hoje é uma realidade. E o que parecia ir além da imaginação no passado, hoje é nossa doce e, talvez, “amarga” vida real. Muitas vezes comodista ditada por facilidades e “mimismos”, que geram egoísmo e fragilidades. Contradições de nossos tempos…
A ciência em suas vertentes não parou de evoluir em todos os sentidos. Apesar de vivermos dias em que imbecis negam a ciência e até vacinas, foi por meio da ciência que encontramos remédios para “quase” todos os males, tornando a vida maior em tempo e qualidade.
Sempre fui fascinado pelo universo e seus infindáveis mistérios e a cada dia vivido tenho ainda mais interesse pelas “Jornadas nas Estrelas”, que o homem ainda realizará por um mistério sem fim.
A história vai guardar nas suas páginas o eco do SALTO PARA A HUMANIDADE, do qual Armstrong falou. Sou admirador da ciência! Adoro a Astronomia, e partindo desse ponto de vista, é claro que A HUMANIDADE JÁ DEU UM SALTO GIGANTESCO.
Hoje, falamos em ir até Marte como se fosse logo alí na esquina. UM SALTO PARA A HUMANIDADE com bases científicas e tecnológicas foi dado e continua (ainda mais) diariamente em todas as áreas e em novas descobertas.
Mas, diante de tanto progresso e de uma vida muito mais fácil e mais confortável em relação aos de nossos antepassados, por que somos mais infelizes? Por que milhões e milhões de nós só dormimos tomando Rivotril? Por que estamos cada vez mais insensíveis e “sem alma” feitos zumbis, como a pandemia revela todos os dias? Por que mesmo descobrindo o poder de ir até Marte nunca a humanidade foi tão infeliz?
Talvez, o maior passo para humanidade não esteja em ir à Lua nem a qualquer viagem interplanetária. A maior viagem será quando o homem mergulhar para dentro de si e na dor da descoberta que é crescer. E, assim, aflorar a sensibilidade e a percepção sobre o que precisamos mudar para sermos, de fato, humanos e mais que isso, essencialmente irmãos.
Eu sei que é utopia, mas se um dia chegássemos a esse ideal humano, se olhássemos mais para o sofrimento do lindo Planeta Azul que pede socorro, se olhássemos mais para a dor que “grita” nos olhos dos bichos, se trocássemos as filas dos prazeres, fugas e consumismos, por caridade, certamente, iríamos descobrir que os remédios da “alma da humanidade” não estão em Marte. Não estão fora! Estão dentro de cada ser! A viagem que pode levar a uma vida melhor para humanidade pode ser feita germinando nesse planeta aquilo que temos de melhor dentro de nós.