Senhor da guerra

A pandemia sequer acabou. E apesar de todas as dores e mortes. Apesar de todo o caos econômico causado pelo vírus. Apesar de um mundo ainda mais desigual e mais sofrido, uma alma “desumana”, um louco, ou psicopata invade terras ucranianas como sua máquina de fazer guerra. Basta pesquisar um pouco sua trajetória, sua vida e como ascendeu ao poder para compreender a ameaça que Vladimir Putin sempre representou ao mundo.

É inadmissível, inaceitável e muito revoltante ver as imagens de horror da máquina desse “senhor da guerra” bombardeando a Ucrânia. Uma máquina de ódio e destruição que não poupa hospitais, maternidades, idosos e causa tanta dor civil na Ucrânia, historicamente sofrida e de um povo heroico. O senhor da guerra e seu prazer odioso em destruir não conseguem ver o medo nos olhinhos infantis das crianças ucranianas. Não consegue olhar o sofrimento dos refugiados, nas partidas dos trens que separam sonhos, famílias e amores, tudo porque o autocrata Putin quer destilar seus rancores. Guerra sem sentido e sem razão com argumentos sem sustentação construídos por uma criatura que nos traz o passado e a lembrança de “monstros” como Hitler e Stalin.

É impressionante a escalada, principalmente depois de 2011, que os perfis autocratas e ditatoriais como o de Putin, tem ganhado espaço na política mundial. Não seria necessário pensar mais nessas escolhas que o ser humano tem feito mundo afora? 

Independente e muito acima de ideologia estamos votando, tendo fascínio e até idolatrando homens que na essência como ser humano são maus. É preciso esquecer essa conversa desgastante de esquerda ou direita. Acho que cabe antes de tudo analisar a trajetória e valores enquanto ser humano de um líder ou candidato. Caso contrário, continuaremos dando poder a seres que, na verdade, têm o mesmo perfil de Wladimir Putin, ou seja, andaremos na contramão do que o mundo precisa e estaremos ajudando a plantar o ódio e do ódio só pode vir a destruição.

Não sei o que pode ainda vir desse pesadelo que é essa agressão armada, a um povo que foi vítima do carrasco Stalin e agora é massacrado pelo senhor da guerra Putin. Povo que nos ensina o verdadeiro sentido de patriota que é, se preciso for, dar a vida pela liberdade do seu país.

Ser patriota não é como pensam alguns insensatos, vestir uma camisa amarela e sair por aí feito louco puxando o saco de político. Por outro lado, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que foi chamado de comediante por bolsonaristas, nos dá o significado da dignidade do cargo da presidência em momentos cruciais e nos faz ver o palhaço que temos no mais alto cargo aqui no Brasil.

Eu, você e o iluminado Papa Francisco rezamos pelo fim desse massacre ao povo ucraniano. Sinceramente não consigo compreender quando alguém diz que não temos nada com isso. Triste que ainda exista gente que não compreenda que energeticamente e espiritualmente o sofrimento de almas, seja onde for, toca todas as almas humanas. Triste que muitos de nós, certas vezes, nem pareçamos mais humanos. Mas, espero, acima de tudo, que aprendamos a pensar bem antes das escolhas que colocam “monstros”  no poder…