A Prefeitura da Estância Turística de Barretos, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, reforça aos pecuaristas barretenses sobre a importância de realizar anualmente a vacinação contra a raiva em bovinos e bubalinos.
A vacina pode ser adquirida em estabelecimentos que comercializam itens para animais e na embalagem constam as orientações sobre armazenamento e aplicação. Em caso de dúvidas, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) ou um veterinário particular podem ser acionados.
A doença
A raiva é causada por um vírus (Rabdovirus neurotrópico), podendo contaminar qualquer mamífero e é sempre fatal, seja no animal ou no ser humano contaminado. Entre os sintomas estão inflamação do sistema nervoso e sintomas de excitação e paralisia.
Animais infectados podem apresentar isolamento, andar cambaleante, paralisia, tremor muscular, salivação, decúbito e opistótono (espasmo da coluna vertebral e as extremidades que se curvam para frente). Os óbitos ocorrem por paralisia respiratória, normalmente até o 13º dia após a manifestação da doença.
Transmissão
O morcego hematófago da espécie Desmodus rotundus é apontado como a fonte de infecção mais importante da raiva dos herbívoros. A transmissão da doença ocorre pela inoculação do vírus presente na saliva do mamífero infectado, principalmente pela mordedura ou lambedura de mucosas.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) destaca que a transmissão envolve quatro ciclos epidemiológicos distintos:
– Ciclo aéreo: a doença é transmitida entre os morcegos;
– Ciclo silvestre: transmissão entre animais silvestres (exemplo: macacos e raposas);
– Ciclo urbano: transmissão entre cães e gatos;
– Ciclo rural: envolvendo bovinos, bubalinos e equinos.
Em todos esses ciclos, a doença pode acometer humanos.
O MAPA orienta que produtores que identificarem mordedura de morcego em seus animais devem aplicar pasta vampiricida ao redor da ferida por pelo menos três dias seguidos.
Comunicar autoridades
O diretor da CDA Regional Barretos, Adão Marin, destaca que a vacinação contribui para impedir contaminações e ressalta que em caso de sintomas da doença autoridades devem ser comunicadas imediatamente. “O objetivo maior é que a gente continue sem ter casos de raiva em humanos, bem como evitar que bovinos e bubalinos se contaminem. Percebendo qualquer alteração de comportamento em um animal que possa ser sinal de raiva, a população precisa entrar em contato imediatamente com os órgãos competentes”, disse.
Caso o produtor precise tirar dúvidas ou se um animal do rebanho morrer de forma não esclarecida, deve fazer contato com a Coordenadoria de Defesa Agropecuária, que fica na Rua Quatro, n. 966, entre as Avenidas 11 e 13, no centro de Barretos, com telefone (17) 3322-8012, para receber orientações de como proceder.
Se um morcego for encontrado morto no campo ou na cidade, a Vigilância Epidemiológica deve ser comunicada e o morcego morto, levado ao Centro Veterinário do Município; o contato pode ser feito pelo telefone (17) 3612-2450. A médica veterinária Stella Maria de Paula, coordenadora do Centro Veterinário, orienta os munícipes a utilizarem luvas e, com o auxílio de uma pá, colocarem o morcego morto em um saco plástico, fechá-lo e, para análise, levar ao Centro Veterinário, que atende de segunda a sexta-feira, das 8 às 16h. “É importante ressaltar que em Barretos não temos nenhum caso de raiva registado, nem no campo, nem na cidade”, reforçou Stella.
Para obter mais informações com a Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, é possível ligar para (17) 3612-2850 ou presencialmente na sede da pasta, localizada na Fazenda Municipal, na Estrada da Fazenda Buracão s/n.