Ribeirão Preto anuncia lockdown e fechará padarias e supermercados

De acordo com informações do G1, a Prefeitura de Ribeirão Preto (SP) anunciou nesta terça-feira (16) o fechamento de atividades essenciais e a restrição na circulação de pessoas na cidade por ao menos cinco dias contra o avanço da pandemia de Covid-19 e uma situação classificada como de pré-colapso nos sistemas público e particular de saúde.

Segundo o prefeito Duarte Nogueira (PSDB), a cidade entrará em “lockdown”. Válidas a partir desta quarta-feira (17), as restrições devem se estender pelo menos até domingo (21), e são mais rígidas do que as recentemente impostas pela fase emergencial decretada pelo governo do estado.

Com isso, somente serviços emergenciais poderão funcionar e atividades até então permitidas para atendimento ao público, como supermercados, padarias e oficinas mecânicas, poderão operar apenas por delivery.

Pouco depois do anúncio, mercados da cidade começaram a registrar filas.

Além disso, as autoridades informaram que as pessoas que não estiverem com alguma necessidade ou motivo não devem sair de casa. Serviços públicos oferecidos pela Prefeitura, como o transporte nos ônibus, estarão suspensos. “Realmente é uma restrição mais forte possível na tentativa de evitar a circulação das pessoas”, afirmou o secretário de Governo Antonio Daas Abboud.

Dos dez hospitais que atendem pacientes graves do novo coronavírus, seis estão com 100% de ocupação nesta terça-feira (16). Além disso, o secretário municipal de Saúde, Sandro Scarpelini, destacou o aumento nos números de óbitos na cidade.

As mortes registradas em 15 dias de março – 82 – já representam mais da metade das de fevereiro – 139 e o número máximo de pacientes internados, de 243, é 26,5% maior do que em relação ao ano passado, com 192.

“Nessa situação a gente não consegue garantir assistência para todos de uma maneira rápida como tem sido a proposta desde o começo dessa pandemia. Estamos no limite, muito tênue, situação muito perigosa. Estamos em uma situação de pré-colapso do sistema de saúde”, afirmou Scarpelini.

Fonte: G1