Profissão: candelabro

A vela, quando acesa, tem uma função: iluminar um ambiente ou um caminho. Agora, imagine comigo: você está no meio de um estádio de futebol, como o Morumbi. No meio do gramado. Sozinho ou sozinha. Meia-noite. Lua minguante (a lua cheia tem mais luz). E acende uma vela. Uma única vela. Só vai iluminar um pequeno círculo ao seu redor. O resto? Escuridão.
E se você respirar mais forte perto dela, ela se apagará.

Agora, imagine cem torcedores do São Paulo, ou de qualquer outro time, pois não este artigo não está falando de futebol, cem torcedores juntos, cada um com uma vela em mãos.
Além da claridade ser mais forte, se a sua vela se apaga, você ainda contará com outras 99 e não será escuro. Você enxergará.

Assim é a vida. Iluminar o outro não significa ter escuridão pra si. Ao contrário: parece até que a energia vem em dobro, com uma conta mais barata.

Brilhar ou desejar o brilho na vida alheia não apaga o seu brilho. Ao contrário: só faz você ainda mais iluminado.

Ficar feliz com o sucesso ou com a bênção do seu irmão ou irmã não impede que portas se abrem em sua vida. É exatamente o oposto. Posso provar em uma roda de bate-papo (ou torcendo para o São Paulo…rsrsrs).

Os pensamentos acima, aprendi com a dona Maria Alice, minha linda e sábia mãe. Porém, dois fatos recentes me fizeram abordar esse assunto: o jornalista Marcos Buzeto postou um vídeo em que amigos de uma empreendedora levaram outros amigos à inauguração do seu negócio. Resultado? Mais gente que o esperado, mais aplausos, mais incentivo, mais energia, mais ânimo. Que empreendedor não quer um grande público em seu estabelecimento?
Aquele vídeo de suporte me emocionou.
E, na vida, o jornalista Marcos é assim: ilumina e apoia quem está ao seu redor.

O segundo acontecimento: pregação do pastor Luiz Adão, do ministério da Igreja Primitiva do Evangelho de Jesus Cristo, sobre os quatro homens que colocaram um homem aleijado dentro de uma casa onde estava Jesus. Eles subiram pelo teto. Imagine a dificuldade. E lembro do pastor dizer assim: “Não sabemos se os cinco homens eram parentes ou amigos. O milagre era somente para um deles. Mas, os outros quatro se empenharam para ajudar.”

Sabe o que eu aprendo com isso? Na vida, temos de ser suporte, torcedor, apoio, ombro, braço, sorriso, incentivo, luz. Se possível for, seja um candelabro até! Abrigue várias velas dentro de você e dê luz aos locais escuros ou às pessoas pouco iluminadas.

Brilhe para você e para quem estiver ao seu redor!