Na mesma semana em que o Reino Unido inicia a vacinação contra Covid-19 e enche o coração do mundo de esperança, por aqui vivemos entre a indignação e a vergonha de ver a vida humana usada no jogo político.
Assistimos um “barraco” que envolve uma “guerra” de interesses entre Jair Bolsonaro e João Doria e tem por “pano” de fundo o ministro patético da Saúde, Eduardo Pazuello. Um ministro sem um plano competente de vacinação nacional, atrasado na compra de vacinas, sem seringas e algodão e com cloroquina estocada por séculos, porque o cientista Bolsonaro decidiu.
Enquanto isso, o rei da ‘Bozolândia’ em seus delírios diz que a pandemia do século está no finalzinho. Enquanto isso, o presidente, que mais parece um artista de circo, prioriza desfilar seus trajes da posse junto à primeira-dama do cheque misterioso. Enquanto o país clama por um líder contra a morte, diante da perda de mais de 180 mil vidas, o rei da ‘Bozolândia’ faz piadinhas com mortos e tira sarro da dor dos vivos.
Agora me pergunto: o rei esta nu ou está louco(?). Provavelmente a resposta sejam as duas opções. Nessa guerra de interesses com João Doria não há ungidos. Aliás, quem pensa que pode haver ungidos em política é muito ingênuo, idiota ou louco. João Doria e Bolsonaro são farinhas do mesmo saco! Até pouco tempo comiam no mesmo prato do oportunismo. Eram o casal Bolsodoria!
Tudo isso para dizer que nem um nem outro estão preocupados com vidas, mas podem com essa maldita politização de vacinas prejudicarem VIDAS! E por quê o Brasil não tem um plano nacional de VACINAÇÃO? Porque tem um presidente que nega a pandemia do século e nunca se colocou como líder num momento de tanta dor.
A conclusão é tão lógica, que se o Brasil tivesse de fato um presidente no mundo real não haveria espaço para nenhuma politização. Desta forma podemos verificar que entre os pecados de Doria e Bolsonaro, o ungido presidente pecou ou errou muito mais.
A dura e cruel realidade diz que NÃO temos um presidente. Bolsonaro governa no seu mundo imaginário e o Brasil PRECISA de um presidente na vida real. Não sei por que, mas lembrei-me que enquanto Roma ardia em chamas o Imperador Nero tocava harpa.
Se o Brasil fosse uma empresa já teria sido colocado o anúncio: PRECISA-SE DE UM PRESIDENTE! Infelizmente não é! E, novamente infelizmente, Rodrigo Maia, por algum motivo (desconhecido), sentou-se sobre as dezenas de pedidos de impeachment. Só nos resta esperar que em 2022 tenhamos maior consciência do que seja escolher um presidente da República. Até lá, temo muito o quê ainda possa vir a acontecer. Só nos resta rezar: Deus acuda o Brasil!