A prefeita Paula Lemos acompanhou a ação do mutirão da catarata no sábado, dia 1º, conversando com a equipe de saúde e com pacientes que passaram pela cirurgia neste final de semana e com outros que estavam em consulta de retorno, após já terem operado. A Prefeitura da Estância Turística de Barretos está investindo R$ 502 mil para realizar 600 cirurgias de catarata e iniciou o mutirão em 25 de fevereiro. Desde então, já foram feitas mais de 60 cirurgias em moradores da cidade e realizadas mais de 240 consultas.
As cirurgias são realizadas aos sábados. As primeiras começam às 7h e o mutirão segue até 17h. Antes de se chegar a essa etapa, foram iniciados em dezembro os atendimentos ambulatoriais a pacientes que estavam na fila de espera da central estadual de regulação de vagas, feitos exames e marcada a operação.
A prefeita Paula Lemos quis acompanhar de perto o atendimento aos pacientes. “Pude constatar que é mesmo uma cirurgia simples e que faz tanta diferença na vida de pessoas que estavam aguardando há muito tempo. Por conta do avanço da covid-19, essas cirurgias ficaram paradas deixando a espera ainda maior. Foi muito importante analisarmos com carinho essa questão e fico muito feliz em ver esse mutirão mudando a vida de tantas pessoas”, disse. Após ouvir os pacientes, Paula elogiou o empenho da equipe que está realizando as cirurgias em prestar um bom atendimento à população, como esperado pela Prefeitura ao contratar as cirurgias.
O médico oftalmologista Tomás Teixeira Pinto informa que os pacientes que sofrem com a catarata nos dois olhos passam por uma cirurgia de cada vez, e a operação no segundo olho é realizada logo que ocorre a recuperação da primeira. “A gente opera um olho, o paciente retorna duas ou três vezes para acompanharmos se está tudo bem e então já é marcada a próxima cirurgia”, relata.
Tomás explica que aos 50 anos praticamente metade da população já tem catarata. “Quem não está trabalhando ainda com 50 anos? É uma cirurgia fantástica, devolve a visão normal para a pessoa. Em termos de saúde pública, poucas coisas são melhores do que a cirurgia de catarata”, pontua. O médico ressalta a transformação que essa cirurgia proporciona com um custo baixo em relação a outros tipos de cirurgia. “O paciente nem interna, vai embora no mesmo dia. Tem vez que levanta da cama e vai embora enxergando já”, comemora.
Neste sábado, 1º, foram operados 17 pacientes. A enfermeira Eliane Castro destaca que é uma cirurgia tranquila e que o mutirão está resolvendo o problema de pacientes que estavam na fila já há alguns anos. Eliane lembra que é importante o paciente pingar os colírios como orientados e não pegar peso durante o período de recuperação, mas explica que, em geral, não há restrição para ver TV, usar computador e que, usando óculos de sol, os pacientes podem até mesmo caminhar no período de pós-operatório. “É muito gratificante ver a satisfação deles. Tem até um caminhoneiro que fez a cirurgia hoje e já relatou que agora está enxergando bem”, menciona.
Mudança na visão
Moradora do Bairro Barretos 2, dona Laura Maria Vasconcelos Lopes, 75 anos, pretende retomar o hábito de costurar. Ela fez a primeira cirurgia no dia 18 e, neste sábado, 1º, foi para o retorno com o oftalmologista. “Para enfiar a agulha era um problema”, comenta. Por recomendação médica, ela ainda não voltou a costurar durante a fase de recuperação, mas conta que o resultado foi muito bom e aguarda pela operação no próximo olho, que deve ocorrer em breve.
Paula parabenizou a neta da dona Terezinha de Jesus, que foi acompanhar a avó na consulta. Dona Terezinha também está na expectativa para voltar a costurar. “Faço crochê, participo com bordado para uma associação, mas passei a misturar a linha amarela clarinha com a branca, também azul com verde”, conta e explica que precisou parar de bordar por conta do avanço da catarata. Agora ela está mantendo os cuidados usando óculos de sol e teve consulta de retorno neste sábado, 1º. Uma vez que corra tudo bem, em breve deve operar também o outro olho.
Ana Maria Lima Rei, 76 anos, moradora do Bairro Fortaleza, fez a primeira cirurgia neste sábado, 1º. Pouco depois, já deixou o local acompanhada da filha. Ela conta que no momento da cirurgia não sentiu nada e que nas horas seguintes sentia dor, como já tinha sido informada que poderia ocorrer. Dona Ana está na expectativa de ficar livre dos obstáculos da doença. “Costurei mais ou menos por uns 30 anos, mas por causa da catarata foi ficando difícil costurar. Também ao sair no sol, eu tinha a sensação de que uma vista atrapalhava a outra e eu andava com dificuldade”, relata. Nos próximos dias, ela deve operar também do olho esquerdo.