A pedagoga barretense e atualmente estudante do curso de psicologia, Priscila Menezes da Costa, durante um curso de desenvolvimento de softwares acessíveis (ProdTea), ministrado pelos alunos do curso de Engenharia de Software da Universidade Federal do Ceará, teve a ideia de criar um software para crianças com TEA (Transtorno do Espectro do Autismo), chamado TEA Kids.
“O software foi construído a partir de um conjunto de recomendações para desenvolvimento de aplicativos acessíveis em dispositivos móveis e trata-se de um aplicativo para o sistema Android, que auxilia crianças com TEA, da educação infantil e ensino fundamental I, no processo de aprendizagem e desenvolvimento de habilidades em diferentes áreas do conhecimento, principalmente no período de pandemia”, explicou Priscila.
Ainda de acordo com a pedagoga, o aplicativo vem sendo construído a partir de um conjunto de recomendações que potencializam a experiência das crianças. “O aplicativo é todo pensado para seu público alvo, com cores adequadas, fontes, contraste e tamanho. Tudo foi pensado para potencializar a experiência da criança e o desenvolvimento de habilidades específicas durante o processo de aprendizagem”, destacou.
Segundo Priscila, o projeto está na fase de desenvolvimento de áudio do aplicativo e posteriormente o mesmo passará por uma análise, para ser disponibilizado em dispositivos com tecnologia Android, com acesso gratuito, por meio de download, e também pela Google Play Store.
A pedagoga ainda ressaltou que após finalizar o desenvolvimento do TEA Kids pretende criar outros softwares acessíveis e gratuitos. “Um deles será direcionado a idosos para que possam realizar tarefas de estimulação cognitiva, por meio dos seus celulares, porque eles constituem uma parcela significativa do público que sofre com a exclusão digital”, enfatizou Priscila.
E, para finalizar, a pedagoga ainda destacou a importância de promover o bem em prol da sociedade. “Todos podemos fazer algo significativo e ajudar o próximo, espero que os aplicativos acessíveis nos quais venho trabalhando possam ajudar as crianças, jovens e idosos a se desenvolverem, aprenderem e, acima de tudo, sentirem que também fazem parte do mundo digital”, disse.