Meia Sola faz rir na primeira noite do Rodeio Pela Vida e mostra que está em sua melhor fase

Na última quinta, dia 9, aconteceu a estreia da nova temporada de apresentações do palhaço Meia Sola, na arena do Rodeio Pela Vida, evento em benefício ao Hospital de Amor que realiza tratamento, prevenção e pesquisa em câncer, sendo o maior complexo oncológico da América Latina, com atendimento cem por cento pelo SUS.

Com novo figurino e muitos novos objetos de cena e acessórios, o personagem arrancou risadas da plateia que prestigiou o evento realizado no Recinto Paulo de Lima Corrêa. Meia Sola tem um tipo de humor inspirado na atuação do palhaço de circo, e no jogo cênico do clown teatral.

Por traz da pintura inconfundível, em tons azuis, está o talento de Marcelo Rodrigues, um brasileiro que viveu os últimos cinco anos no Japão, mas voltou no início de 2022 ao Brasil para retomar o que ele chama de “propósito de vida”, atuar nas arenas de rodeio e em outros tipos de evento, levando o humor e despertando o riso.

Meia Sola continua sua performance na arena do Rodeio Pela Vida nesta sexta e sábado, dias 10 e 11, com participação na abertura e show especial na arena no encerramento do rodeio, antes do show musical da noite. Trazendo esquetes sobre temas variados, sempre explorando o lado lúdico e simples da emoção causada pelo palhaço.

UMA HISTÓRIA DE SUCESSO

O personagem Meia Sola surgiu em meados de 1990 e nasceu da união da paixão pelo palhaço de circo e pelo clima das arenas de rodeio. Marcelo Rodrigues conheceu a atuação dos salva-vidas nas arenas, que tem o papel de garantir a integridade dos atletas ao final das montarias, distraindo o animal, e para isso usam roupas chamativas e pintura no rosto. A partir dessa imagem ele concebeu o palhaço que tem a função de fazer rir, entre uma montaria e outra. A ideia deu tão certo que Meia Sola virou uma espécie de presença obrigatória nos eventos, tendo seu auge na Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos, onde tinha até patrocínio próprio e exclusivo.

O humor ingênuo de Meia Sola, que tem o palhaço de circo como base, lembrando até a atuação de um Charlis Chapplin, marcou época, reuniu muitos fãs, fez sucesso e trouxe, inclusive, ganhos financeiros a Marcelo. O ciclo foi encerrado pelo próprio autor, que buscava novos empreendimentos para sua vida.

Empreender sempre foi um desejo de Marcelo Rodrigues, que ainda criança, aos 10 anos de idade, deixou um trabalho remunerado em uma fábrica de blocos em que trabalhava para ajudar a família, para montar sua própria caixa de engraxate e, como ele mesmo diz, “ser seu próprio patrão”. Nessa busca, chegou a ser dono da própria sapataria, teve lanchonete com carrinhos de lanche espalhados pela cidade de Taubaté, onde passou sua adolescência e parte da juventude. A paixão pela arte sempre esteve presente, e foi numa emissora de rádio que colocou seu talento em função do riso, com imitações em programas variados e anúncios de patrocinadores, e por causa dessas participações, acabou sendo convidado a assistir a um rodeio, quando então, teve a ideia de criar o Meia Sola. O nome Meia Sola, foi inspirado no primeiro empreendimento, a caixa de engraxate.

Nos últimos cinco anos Marcelo estava vivendo no Japão, trabalhando e, segundo ele, “sendo bem remunerado”. Com o anúncio da volta dos eventos, após o período de interrupção pela pandemia, o lado artista de Marcelo falou mais alto que o lado empreendedor e ele resolveu investir no seu propósito, “fazer rir”. De volta ao Brasil, retomou o personagem Meia Sola, com o suporte de seu antigo empresário, Rogério Cunha, montou novo figurino, além de novos quadros e acessórios, e nesta quinta, dia 9, estreia a nova temporada do personagem na arena do berço do rodeio brasileiro, a arena do Recinto Paulo de Lima Corrêa, em Barretos, durante o Rodeio Pela Vida, evento em benefício ao Hospital de Amor.