O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, foi preso hoje (22), em sua casa, na Barra da Tijuca, e levado para a Delegacia Fazendária, na Cidade da Polícia, onde chegou por volta das 6h35. Também foram presos na mesma operação o empresário Rafael Alves; o ex-tesoureiro da primeira campanha de Crivella, Mauro Macedo; os empresários Christiano Campos e Adenor Gonçalves, e o delegado aposentado Fernando Moraes. O ex-senador Eduardo Lopes não foi encontrado no endereço no Rio de Janeiro.
Ao chegar à Cidade da Polícia, o prefeito atribuiu a sua prisão a uma perseguição política. “Perseguição política. Lutei contra o pedágio ilegal e injusto, tirei recursos do carnaval, negociei com o VLT. Foi o governo que mais atuou contra a corrupção no Rio de Janeiro”, disse, acrescentando que a sua expectativa agora é por justiça.
O advogado de Crivella, Alberto Sampaio, disse que o prefeito ficou surpreso com a prisão.
As prisões foram realizadas em ação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e da Polícia Civil, e ocorreram no desdobramento da Operação Hades, que apura corrupção na prefeitura da cidade e tem como base a delação do doleiro Sergio Mizrahy.
Todos os presos vão ser levados à tarde ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, para uma audiência de custódia, marcada para as 15h.
NOVO PREFEITO
O presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, Jorge Felippe (DEM), vai assumir a prefeitura, uma vez que o vice de Crivella, Fernando Mac Dowell, morreu em 2018.
Em nota, Jorge Felipe disse que a cidade do Rio de Janeiro não ficará sem comando nestes últimos dias da atual gestão, que termina no dia 31 deste mês. O parlamentar informou que já estava indo para a prefeitura de onde vai tomar as rédeas da situação, cumprindo o que determina a Constituição estadual.
Fonte: Agência Brasil