Janeiro Roxo é o mês de incentivo ao tratamento da hanseníase

O Janeiro Roxo é considerado o mês destinado às ações para informar a população e aos agentes de saúde, auxiliando-os no combate ao estigma da hanseníase, enfermidade que com o passar dos séculos enfrentou mitos, preconceitos e isolamento dos pacientes como principal forma de tratamento.

Em Barretos, os atendimentos acontecem no ambulatório de doenças infectocontagiosas, onde durante todo o mês de janeiro as cores que remetem a campanha fazem parte da decoração, por meio de cartazes e laços no jaleco.

De acordo com a médica dermatologista, Cristiane Botelho Miranda Cárcano, a hanseníase é uma doença crônica e transmissível. “Essa doença tem preferência pela pele e nervos periféricos, podendo cursar com surtos reacionais intercorrentes, o que lhe confere alto poder de causar incapacidades e deformidades físicas, principais responsáveis pelo estigma e discriminação às pessoas acometidas. A transmissão se dá de uma pessoa doente sem tratamento, para outra, após um contato próximo e prolongado”, explicou.

A doença tem cura e o tratamento é gratuito e ofertado pelo SUS em todas as unidades de saúde do país. “Ao perceber algum sintoma, o paciente deve procurar uma unidade básica de Barretos e após avaliação será encaminhado ao ambulatório de doenças infectocontagiosas, localizado no bairro Paulo Prata”, enfatizou a médica.

Se a doença não for tratada por gerar sequelas, como cegueiras e alterações na mão ou no pé. No Brasil 30 mil pessoas são diagnosticadas com hanseníase por ano. Em Barretos foram 13 novos casos em 2020 e 20 pacientes fazem tratamento.