Listarei aqui alguns comportamentos de uma pessoa com autoestima baixa: exaltação dos próprios defeitos e das qualidades de outras pessoas; perfeccionismo; falta de confiança na sua própria opinião; medo de enfrentar desafios; dificuldade de aceitar as próprias limitações; timidez em excesso; busca constante por elogios e reconhecimento externo; hábito de se comparar com outras pessoas; falta de habilidade para lidar com críticas; e não apreciação das propostas vitórias.
Mas, cautela, não se prenda a esses rótulos, isso são apenas algumas das características de uma pessoa com autoestima baixa. Somos muito mais que apenas “características” e como comentarei no texto, não somos o que somos para todo sempre, tudo muda o tempo todo e ressignificar é fundamental.
A baixa autoestima é uma dificuldade de aceitação do seu próprio eu, que seria uma falta de autoconhecimento. Por isso, o tal do ‘conheça a ti mesmo’ é, sim, uma peça fundamental da nossa vida.
Pessoas assim são inseguras e não conseguem aceitar seus próprios erros, não reconhecem e não valorizam seus potenciais, que, muitas vezes até têm, mas adquirem um grande medo da rejeição e gostam de se comparar com todos ao seu redor, para se sentirem seguras de que estão certas ou não.
Uma pessoa que sofre de baixa autoestima não se sente capaz de realizar quaisquer atividades e, com isso, acaba perdendo inúmeras oportunidades de crescimento em vários âmbitos da vida, como pessoal e/ou profissional, prejudicando seu próprio desenvolvimento.
Se até agora você se identificou com o texto, não se martirize, porque a culpa não é sua, tudo isso faz parte do repertório infantil, porém não precisamos eternizar nosso modo de ser, podemos e devemos ressignificar valores, pensamentos, sentimentos e a vida.
E o que seria esse tal repertório infantil? É todo aprendizado que você obteve na sua infância. E a peça fundamental disso são nossos pais, por isso é de EXTREMA importância a frustração. Pais que não frustram seus filhos, estão criando crianças frágeis, porque um dia essa criança vai crescer e precisar viver fora da sua esfera familiar e, então, será apenas ela e a vida. E se essa criança não obteve repertório adequado para saber lidar com as adversidades do mundo, ela vai sofrer e não conseguir ter um bom desenvolvimento.
Muitos pais acham que inteligência está ligada apenas a tirar notas na escola e passar em alguma faculdade, o que é um grande engano. O Q.I. é de grande valia, sim, porém de que adianta uma pessoa extremamente inteligente se não sabe controlar seus próprios sentimentos?
Acreditando que o Q.I. não era a única forma de definir o sucesso de uma pessoa, Daniel Goleman, pai da inteligência emocional, propôs o conceito Q.E. – Inteligência Emocional, que provou ser responsável por 80% do nosso sucesso na vida sendo apenas 20% responsável pelo Q.I, que podemos tratar com mais propriedade sobre esse assunto noutra oportunidade.
Portanto, pais, digam “NÃO” aos seus filhos, frustrem, sejam mais punitivos, o que não é serem inimigos, muito pelo contrário, exalem amor, demonstrem afeto, abracem, beijem, amem, mas não se esqueçam que amor, muitas vezes, se traduz em frustrações, até porque uma criança não sabe o que é o melhor para ela. As crianças querem apenas momentos prazerosos, e isso não é culpa delas, é uma fase que estão passando, por isso, respeite e ajude entender essa maestria que é a vida.