Em uma realidade de tantos desempregados pelo Brasil, ter o currículo escolhido entre tantos perfis e ser chamado para um processo seletivo é a grande chance de o candidato conseguir a vaga. Para ajudar quem busca uma colocação em 2023, o especialista em Gestão de Carreira e professor de Gestão de Pessoas da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), Marcelo Treff, separou dicas para que os candidatos façam a formatação do “currículo ideal” e acertem durante a entrevista com o recrutador.
CURRÍCULO IDEAL
O candidato deve elaborar um currículo enxuto, de no máximo duas folhas, com informações sobre formação, cursos de capacitação ou especialização, além das experiências profissionais e participação em programas sociais e de voluntariado, se houver.
Não há necessidade de informar o endereço, pois pode ser perguntado durante o processo de triagem ou contato inicial. E o mais importante: nunca minta!
É mais produtivo enviar currículo para vagas das quais o candidato esteja mais alinhado aos requisitos/experiência pedidas pelo empregador.
Atualmente, os sites de recrutamento e sites de empresas, os famosos “trabalhe conosco”, são excelentes fontes para envio.
Cada vez mais, o envio de currículos em massa demonstra-se pouco efetivo. Além disso, tal atitude pode revelar desespero.
FOCO NA ENTREVISTA
O currículo é parte importante do processo de seleção, no entanto, a entrevista ainda é a etapa que mais decide contratações. Então, como agir para ser escolhido para a vaga?
Os comportamentos mais buscados pelos recrutadores nos candidatos que chegam à fase de entrevista são:
Autenticidade: tenha clareza de propósitos e valores, evite criar um personagem;
Autoconhecimento: tenha clareza dos próprios talentos e dificuldades;
Foco: tenha clareza dos seus objetivos pessoais e profissionais;
Capacidade de saber ouvir: deixe o entrevistador falar;
Postura;
Discrição.
Para “conquistar” o recrutador ou gestor da vaga, também é importante que o candidato busque informações sobre a empresa: valores, área de atuação, segmento, missão, visão de negócios etc.
A falta de “flexibilidade cognitiva”, ou seja, a falta de capacidade de se manter adaptável, é um dos requisitos que mais reprova candidatos em processos seletivos, além da falta de informações sobre a empresa contratante.
ATENÇÃO AOS CASES E TESTES
Depois da triagem dos currículos e entrevista, muitos processos seletivos requerem que os candidatos realizem cases ou testes.
Para se dar bem nesta fase, é importante compreender os objetivos da atividade proposta, ter calma na resolução, tentando utilizar todo o tempo disponibilizado.
O participante não deve ter vergonha de perguntar, se não entendeu direito a atividade proposta. Ademais, deve tentar se lembrar se conhece a maior parte do conteúdo e manter o foco, evitando distrações.
O especialista
Marcelo Treff é professor de Gestão de Pessoas da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP). Doutor em Ciências Sociais pela PUC-SP e Mestre em Administração de Empresas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua com os seguintes temas: Gestão da Carreira, Gestão de Competências, Gestão de Pessoas e Comportamento Organizacional.