A Prefeitura da Estância Turística de Barretos, por meio do Controle de Vetores da Secretaria Municipal de Saúde, segue empenhada em ações para eliminar o mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, chikungunya e zika – e impedir sua procriação. Os 12 Agentes de Controle de Endemias (ACEs) convocados em concurso iniciaram suas atividades na última semana. Outros seis aprovados ‘’foram convocados para assumir a função e estão em fase de apresentação de documentação para contratação.
Varreduras de casa em casa
Cristiane Parreira, coordenadora do Serviço de Controle de Vetores, reforça que durante o dia toda a equipe está concentrada no trabalho de varredura, passando de casa em casa para orientar moradores sobre como impedir a reprodução do mosquito e retirando os focos de procriação, com larvas do Aedes aegypti em reprodução, que encontram.
“Com o reforço dos novos agentes, conseguimos atender o pedido da gestão e agora há uma equipe realizando as varreduras pela manhã e outra no turno da tarde”, afirmou Cristiane. Na primeira semana, a nova equipe concentrou suas atividades no Bairro Christiano Carvalho, onde realizou a varredura em 1.636 residências, encontrando e eliminando 14 focos de reprodução.
“Nessa luta, nós precisamos do empenho constante de cada barretense, conferindo se não há nenhum local em que pode parar água dentro de sua própria residência. É repetindo essa ação todas as semanas que o morador vai conseguir impedir o Aedes aegypti de se reproduzir”, afirmou Cristiane.
De acordo com o boletim da Secretaria da Saúde divulgado na segunda-feira, 5, Barretos já registra neste ano a confirmação de 792 casos de chikungunya, 679 de dengue e um de zika.
Nebulização
Entre 18h e 21h30, o Controle de Vetores atua realizando a nebulização. Segundo o departamento, mais de 73 mil imóveis, em que os moradores abriram as portas, foram nebulizados neste ano. Ela lembre que seguem a nova orientação do Estado para realizar a nebulização em um ciclo de três dias seguidos. “Por isso, passamos nos mesmos quarteirões em três noites seguidas”, ressaltou.
Cristiane reforça que o carro de som passa um pouco antes avisando. “Para ter efeito, precisamos que a população abra as portas e janelas para que o inseticida entre nas residências”, afirmou. A coordenadora lembra que Barretos foi uma das últimas cidades do Estado a mudar a forma como o produto é passado e hoje utiliza a nebulização. “Esta nova forma é melhor do que a anterior, não tem a fumaça que as pessoas viam antes, mas aquela fumaça era óleo diesel. Agora a gente dilui o produto em água, isso gera menor risco para quem está aplicando o inseticida e não faz mal à população. O alvo nesse novo modelo é exclusivamente o mosquito, e o produto fica mais tempo no ar, podendo alcançar uma área maior dentro das residências, desde que as pessoas tenham aberto portas e janelas para que entre”, destacou.
A nebulização tem como efeito matar apenas os mosquitos que já estão desenvolvidos, com asas. “Isso significa que a nebulização contribui, mas se as pessoas não tiverem eliminado criadouros de dentro da residência delas, no dia seguinte já pode haver novos mosquitos”, ressalta.
Estímulo à equipe
No último sábado, 3, a equipe do Controle de Vetores foi convidada a participar na Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos (Facisb) de um Hackathon, dinâmica que procura aumentar a interação da equipe e apresentar diferentes formas de vencerem os desafios juntos. Além de integrantes do setor que tiveram disponibilidade e interesse em comparecer, participaram do evento, que contou com instruções da comunidade de tecnologia e inovação Bruto Valley, o secretário municipal de Saúde, Mussa Calil Neto; a coordenadora da vigilância epidemiológica, Manuela Theodoro Ribeiro e estudantes da área de saúde da Escola Técnica Estadual (Etec).