De acordo com a Folha de S. Paulo, bolsonaristas acusados de espalhar notícias falsas no Brasil agiram nos mesmos moldes fora do país. Desta vez, porém, disseminaram fake news conta o candidato Joe Biden e a favor de Donald Trump no dia da eleição dos Estados Unidos.
Entre os ataques mentirosos, insinuaram que Biden seria pedófilo, contra cristãos e que ele planeja invadir a Amazônia. Parte desses apoiadores radicais do presidente brasileiro – e de Trump – são alvos de inquéritos do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre fake news.
Alguns tiveram suas contas em redes sociais bloqueadas por determinação do ministro Alexandre de Moraes. É o caso do blogueiro Allan dos Santos, do Terça Livre, que se mudou para os EUA após responder a inquéritos no STF.
Ele publicou um vídeo em que Biden cochicha no ouvido de uma adolescente com a legenda “caraleo”, insinuando pedofilia. Em outras ocasiões, Dos Santos já foi mais explícito na insinuação, dizendo que há um “mar de informações que podem levar a família Biden à uma rede de pedofilia”.
O blogueiro não apresentou provas para as declarações e o próprio pai da garota que aparece no vídeo com Biden, o senador democrata Chris Coons, afirmou não ter havido nada de inadequado pois Biden conversada para marca uma data para que a menina brincasse com sua filha.
Outro ataque veio do youtuber do Brasil Sem Medo, Bernardo Küster, que publicou vídeo em que diz que Biden estava “entregando a infraestrutura dos EUA para empresas ligadas ao Partido Comunista Chinês”. Porém, segundo reportagem do jornal The New York Times, não há evidências de que Biden tenha se envolvido em negociações comerciais com empresas chinesas ensaiadas por seu irmão, James, e por seu filho, Hunter.
Assim como Allan, Küster teve suas contas em redes sociais bloqueadas internacionalmente por determinação do STF no âmbito do inquérito das fake news.