A Prefeitura da Estância Turística de Barretos, por meio da Secretaria da Saúde, concluiu no início de agosto as definições para o fluxo de atendimento relacionado à doença monkeypox (varíola dos macacos). Profissionais de saúde de todas as unidades da atenção básica, da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e da Santa Casa da cidade foram treinados para os atendimentos.
O plano de combate à doença foi definido entre as equipes da Vigilância Epidemiológica do município, coordenação da Atenção Primária à Saúde, UPA e Santa Casa, de acordo com o Secretário da Saúde Kleber Rosa. “Desde julho, nossas equipes trabalharam na elaboração desse plano, considerando o avanço da doença no mundo e no Brasil e a importância de estarmos prontos para atender os casos em nosso município. As formas de atendimento e de encaminhamento foram definidas no início deste mês e então realizamos treinamento com os funcionários de toda a rede para identificação de sintomas e cuidados com os pacientes”, afirmou.
A Secretaria Municipal de Saúde orienta as pessoas que apresentem sinais que possam ser indicativos da doença a procurarem uma unidade de saúde da cidade para serem avaliadas pelos profissionais. Sendo constatada a suspeita da doença, o paciente passará por exame e será orientado a iniciar o período de isolamento, sob observação e monitoramento dos profissionais da rede de saúde do município.
Até o momento, Barretos não confirmou nenhum caso da doença, mas cinco pacientes apresentaram suspeita, tiveram material colhido para análise, conforme os protocolos que já estavam previamente definidos no município, e aguardam os resultados. Eles se encontram em isolamento em casa, sendo acompanhados pelas equipes responsáveis.
O secretário ressaltou que as ações do município estão articuladas com o plano estadual de combate à doença, também respaldadas por protocolos do Ministério da Saúde. “Conforme as orientações reiteradas pelo comitê estadual, a transmissão, o risco de agravamento e de impacto na rede hospitalar pela monkeypox (varíola dos macacos) não se assemelham às proporções atingidas pela Covid-19. Ainda assim, devemos estar preparados para prestar atendimento e combater a doença”, finalizou.
Sinais e rede de atendimento
Todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Unidades de Saúde da Família (USFs), que são os postos de saúde, além da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) podem ser procurados para atendimento relacionado à monkeypox (varíola dos macacos). A Santa Casa também está preparada para realizar exame para identificação da doença.
Fique atento aos sintomas característicos da doença: lesões na pele, fadiga, calafrios, dor de cabeça, febre, mal-estar, inchaço nos gânglios linfáticos (ínguas). A equipe da Secretaria Municipal de Saúde reforça que a manifestação de sintomas nos pacientes é variável e que não necessariamente apresentarão todos os sintomas. Portanto, é importante receber as orientações dos profissionais na unidade de saúde.
Pessoas que tenham contato com pacientes contaminados devem ser monitoradas, considerando que o vírus pode ficar incubado até que os sintomas apareçam. Caso surjam lesões na pele da pessoa que esteve em contato com caso suspeito ou confirmado, ela também deve iniciar o isolamento.
Rede particular
A Secretaria Municipal de Saúde enviou ofício ao Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) solicitando que todos os médicos credenciados na cidade fossem informados sobre o alerta epidemiológico número 9, divulgado pelo Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) do Estado sobre a doença. “O documento informa sobre como deve ser o manejo clínico do paciente se tiver que fazer acompanhamento, tratamento e como deve ser a coleta do material para exame. Também enviamos esse informe aos laboratórios particulares”, afirmou a coordenadora da Vigilância Epidemiológica do município, Manuela Zili Ribeiro. Qualquer caso suspeito ou confirmado, atendido na rede pública ou particular, deve ser notificado à vigilância epidemiológica municipal.