Durante uma fiscalização da Operação Piracema a fim de detectar fontes de consumo de pesca, a Polícia Militar fez uma abordagem na residência de um pescador profissional na cidade de Colômbia para verificar se havia algum pescado em estoque sem declaração, haja vista que ele não possuir protocolo de documento junto ao órgão ambiental.
Ao chegar no local, o filho do pescador fugiu da PM pulando o muro dos fundos e foi constatado que no quintal havia diversas gaiolas com aves silvestres nativas sem anilhas.
Após a fuga do rapaz, um parente esteve no local e ligou para a mãe do referido, que imediatamente chegou na casa. Ao ser informada do ocorrido, autorizou a entrada no imóvel, onde foi constatada a existência de 19 aves silvestres sem anilhas e um um tico-tico. Na sequência, o rapaz que havia fugido voltou ao imóvel e assumiu a propriedade das aves e que não tinha autorização.
O pescador profissional, alvo inicial da fiscalização, não estava na residência e, de acordo com a esposa, estava trabalhando como pedreiro. Ela autorizou a ser verificado o freezer da residência onde não foi constatado pescado em estoque e nenhuma irregularidade.
Quanto às aves, o rapaz sofreu autuações e foi lavrada uma multa no valor de R$ 57.000,00 considerando que as aves estavam em situação de maus-tratos (gaiolas sujas, aves sem água e comida insuficiente); além de outra multa no valor de R$ 9.500,00 pelos animais estarem em cativeiro; e mais uma multa no valor de R$ 500,00 por ter evadido do local impossibilitando inicialmente a fiscalização. O rapaz ainda poderá sofrer sanções penais.
Após o término da operação, as aves foram soltas em uma mata da região e as gaiolas foram destruídas.