As digitais do negacionismo

Enquanto o Presidente da República diz que chora no banheiro, provavelmente para se esconder do machismo dele, Flávio Bolsonaro dá gargalhada imitando seu pai, ao receber um relatório que fala das lágrimas de um país. Enquanto eles dão gargalhadas, nós, que somos dotados de sensibilidade, sofremos e choramos, isto se chama SOLIDARIEDADE e não tem nada a ver com política. Isso é “coisa de alma”, ou seja, uma identificação com o sentimento dos familiares que perderam seus entes queridos, cujas vidas poderiam ter sido salvas se não fosse o NEGACIONISMO instalado por esse governo, que na prática desgoverna o Brasil.

Diriam aqueles que se informam, se DESINFORMANDO pela máquina bolsonarista do “passa pano”, que isso não é culpa do Bolsonaro. Dizem que não é genocídio e quem diz isso é comunista e assim continuam tentando fazer da mentira uma verdade como o monstro nazista Joseph Goebbels ensinou.

A questão não é se houve genocídio e nem qual o nome “entre aspas” do crime, o que importa é que ficaram as digitais e a certeza de que houve crime. O Presidente da República não quis matar ninguém, como afirmam passa panos do presidente. Acredito que não! 

Mas, não querer matar de forma direta não implica que não tenha causado mortes de forma indireta por todos os seus comportamentos e atos durante a pandemia, cujas ações, que vieram a causar um NÚMERO MAIOR DE MORTOS, que poderia ter sido MENOR, se tivéssemos ficado pelo menos na mesma média de mortos por milhões de habitantes em todo o planeta, como revelam os estudos do epidemiologista, Pedro Halal, da Universidade Federal de Pelotas (RS). O resto é narrativa como repetem os apoiadores do presidente, tentando defender o que nunca teve e jamais terá qualquer explicação.

No final desse trágico filme negando a ciência de forma BURRA EM NOME DA ECONOMIA, O RESULTADO É CHORAR, por tanta gente que partiu e poderia ainda estar aqui restando a dor e o vazio chamado saudade. Foram vítimas de uma escolha infeliz do voto impensado dado a um deputado que em quase 30 anos como parlamentar revelou não ter condições sequer psicológicas para governar um país. O que não consigo entender é como tanta gente ainda tenta passar pano para aquilo que é indefensável, para a tragédia em todos os sentidos que o desgoverno de Jair Bolsonaro significa para nosso país.

Talvez o presidente e Flavio Bolsonaro estejam até agora dando gargalhadas do relatório da CPI da Covid. Nada de novo! Afinal, Bolsonaro já disse que não é coveiro e até já fez piadas com os sintomas da doença que levaram milhares de brasileiros à morte. Vai continuar provavelmente dando risada porque sabe que tem na figura do Procurador Geral da República, Augusto Aras, um ENGAVETADOR E DEFENSOR GERAL DE TUDO QUE LHE CONVÉM. 

Só nos resta o consolo dado pelo tempo, que é senhor da razão, DO JULGAMENTO DA HISTÓRIA, porque Jair Bolsonaro e todos aqueles que giram ao redor do seu mundo de ignorância e interesses NÃO ESCAPARÃO!