A multiplicação de Bolsonaro

Certo capitão, que um dia houvera se insurgido contra o próprio exército, descobriu a política. Com isso, se deu bem ACIMA DE TUDO e o Brasil ‘entrou pelo cano’.

Se o tal capitão fosse contido ou enquadrado nas normas legais diante dos seus discursos sem nexo, sem sentido, extremistas, agressivos e radicais. E também abusivos para uma frágil democracia que se instalava depois de longos anos de pesadelo e chumbo que vivemos no período militar.  

Talvez, hoje não teríamos tipos como Daniel Silveira estimulando surra em juiz idoso do STF. Não haveria gente todos os dias defendendo extremismo em canais do ódio como se fosse  liberdade de expressão.

Ora, a liberdade requer responsabilidade como fundamento básico. Coisa que os “discípulos” e o próprio Bolsonaro fingem desconhecer. O que chamam de mito acabou se multiplicando não apenas e naturalmente nos filhos que gerou, mas, principalmente, no desequilíbrio das suas ideias e universo paralelo que vive.

Multiplicou patrimônio e amigos como o Queiroz fez, para serviços inconfessáveis. Multiplicou  sua paradoxalidalidade e tudo que nele nunca teve sentido nem nunca terá. Multiplicou o ódio  com o qual  falava sozinho no Congresso e agora feito um vírus da intolerância espalhou pelos quatros canto do país.

De repente, havia o obscurantismo bolsonariano (que tapa o sol da realidade com peneira) em tudo que vejo, seja na rua, na cidade, na igreja, na fazenda ou numa casinha de sapê. E da forma mais preocupante, a mentalidade se espalhou entre os militares.

Uma contradição do Exército, que no passado definiu Bolsonaro como um péssimo militar. Agora está cada dia mais perto, afinal, cargos, mordomias e promoções adoçam mais que leite condensado.

Na imprensa, o capitão multiplicou-se em ‘Constantinos, Augustos Nunes e Anas Paulas Henkel da vida’ que rimam com um jornalismo sem credibilidade e parcial que a Bolsonaro convém. Ou seja, a mídia chapa branca que passa pano ou mente descaradamente como faz próprio o presidente. Um jornalismo resumido em ‘pingos extremistas nos is’ e, portanto, o avesso de tudo que o verdadeiro jornalismo plural deve fazer. 

As velhas e milionárias raposas disfarçadas de falsos profetas que manipulam a fé, de certa forma, acertaram quando o chamaram de ungido. SIM! Um falso Messias que faz “milagre” para si e para sua família, ACIMA DE TUDO. Por isso, os dias nunca foram tão incertos e a mais bela flor chamada PAZ está sendo despedaçada pela ignorância e ódio destilado por essa multiplicação trágica pelo Brasil.