Um dia chamado saudade, assim vejo Finados, ou seja, a partida de quem nunca foi embora. Acredito que o amor infinito de DEUS não criaria o homem para morrer e nos criou para que realizássemos misteriosas viagens ao propósito de sermos melhores como alma. E cabe a cada um e à sua liberdade a construção ou não da evolução…
ASSIM UM DIA CHEGA E NO OUTRO VAI EMBORA NUM ETERNO RECOMEÇAR. Pelo menos quero acreditar que assim seja, mas aprendi há muito tempo que nada sei, ou melhor, que nada sabemos dos mistérios que podem estar ocultos após a morte e antes de nascermos.
Apesar de toda saudade, também cabe a reflexão sobre o que estamos fazendo na passagem aqui nesse plano de provas e expiações?
Eu sei que esta pergunta é profunda e talvez por isso fujamos tanto dela. Afinal, estamos construindo uma história, cuja essência sejam os valores que a eternidade reconhece e que possam deixar um legado que de alguma forma será sempre lembrado? Ou nossa passagem será apenas (ou talvez quem sabe?), uma foto esquecida num álbum qualquer.
Transcorremos a vida a dizer que o tempo está passando, esquecendo que quem está passando somos nós. O tempo nunca envelhece! Talvez nosso ego, cada dia mais doentio, fuja muito dessas questões, a verdade é que PENSAMOS SER MUITO, MAS OS MISTÉRIOS DA VIDA NOS FAZEM MUITO PEQUENOS!
Afinal, vivemos geralmente presos a uma corrida para ter materialmente, o que representa nada quando se abrem as portas da nossa finitude na vida terrena.
Nada poderemos levar na bagagem para a misteriosa viagem, só se leva dessa vida o amor e a caridade que a gente plantou aqui.
Podemos ou alguns de nós podem até viajar pelo espaço e por outro lado, mas quase nada sabemos de onde viemos e para onde iremos depois de terminar o ciclo por aqui. Isso deveria ser um fato que nos levasse a olhar com mais humildade para os mistérios da infinita sabedoria de Deus e aprender com o tempo, que um dia nos envolve com a doce ilusão que temos poder sob todo tempo do mundo, mas um dia a cobrança pelo plantio chega e nos mostra que o tempo, de fato, escorre pelas nossas mãos…
Que nesse dia chamado saudade não esqueçamos um momento sequer que um dia teremos o mesmo destino daqueles que partiram antes de nós. Que tenhamos mais humildade e consciência da fragilidade humana e cuidemos melhor do nosso plantio por aqui! Que cada um de nós possa “abraçar espiritualmente” a saudade que ficou de todos os entes queridos que partiram. E nesse abraço sentiremos que eles não morreram, apenas são o encanto que vibra quando abrimos as “portas da saudade” em nossas almas e corações…