Aplausos

Um dia a gente chega e no outro vai embora. Este é o enigma e o caminho inevitável de todos nós. E Paulo Gustavo foi tão cedo! Mas, o que determina o brilho de nossa passagem nunca será a quantidade de dias e sim a intensidade e qualidade das ações que plantamos aqui. Há tanta vida grande no número de dias e pequena no que foi deixado aqui. E outras breves em dias e imensas nos significados que deixam. Mas, existem também aquelas que parecem missões iluminadas e quando se esvaem para outros planos fazem da dor um país.

E, assim se foi Paulo Gustavo, o ator que parecia sair do cinema ou de sua arte (como um todo) e vir até nós. Parecia fazer parte da nossa família. Parecia sair da tela de tanto carisma e sentar no sofá! Ah, e tinha UMA MÃE QUE ERA UMA PEÇA e ao mesmo tempo parecia um “pouquinho” com A MÃE DE TODOS NÓS. E, talvez, por acaso ou não, partiu próximo ao dia que deveria ser mais lembrado todos os dias, o Dia das Mães.

Mas, alguém que falou tanto dessa relação, desse amor infinito e mais bonito pela sua mãe Déa Lúcia, por meio da Dona Hermínia, falou de alguma forma das nossas relações e de nossos amores por nossas mães. Amor por elas que são vertentes e guias de nossas vidas.

E Paulo Gustavo se foi! E se foi com APLAUSOS, o maior reconhecimento que um artista pode ter. Ficamos um pouco sem a graça e sem o riso da sua presença. Mas, é preciso que a dor da perda do carismático artista nos ensine a resistir e a persistir diante das trevas do negacionismo. Resistir é preciso! É também é preciso buscar na arte e no riso a saída mesmo quando a vida diz NÃO! 

Precisamos resistir, perdemos um talento imenso, um homem na plenitude do que seja homem, mesmo que muitos seres das sombras pensem que ser homem dependa da sua orientação sexual, da virilidade ou do que faça na intimidade. Ser homem deriva de caráter das ações e da “construção” de vida que deixa aqui e vejam que legado a lembrança de Paulo Gustavo nos deixará.

Inclusive da verdadeira caridade feita de forma discreta como deve ser e não para fazer política ou se promover como muita gente faz.

Mas, apesar da perda de Paulo Gustavo e de 417 mil vidas de brasileiros e de estarmos num momento assustador nesse país em que as trevas do preconceito e da ignorância está no poder, espero que a morte do artista signifique o “marco” de um novo tempo de conscientização da maioria da população brasileira para que possam lutar, exigir e pressionar a CPI da Covid no sentido das provas definitivas que possam punir (os grandes e irresponsáveis ou insanos) que chegam a loucura de querer mudar bula de cloroquina e, principalmente, um ungido impostor, que fez o trágico milagre de aumentar o número de mortes nesse país com suas ações, incentivos contra a ciência, aglomerações e, acima de tudo, escolhendo para ministro da Saúde um general pateta, que anda por aí sem máscara se escondendo da CPI.

Em nome de Paulo Gustavo e das 417 mil vidas perdidas só nos cabe, pelo bom senso, lutar para que a justiça seja feita doa a quem doer!

Que a luz da arte nos guie para resistir a esse desgoverno das trevas!