Integrantes do PL de Barretos publicam manifesto em favor do vereador Adilson Ventura

O presidente do PL (Partido Liberal), Luiz de Matos, juntamente com o vice-prefeito Gustavo Sasdelli e os vereadores Paulo Henrique Correa, Adilson Bandeira Junior (Juninho Bandeira), ambos do PL também, publicaram uma carta de apoio ao vereador professor Adilson Ventura (PL).

De acordo com os integrantes do partido, o nome do professor Adilson tem sido veiculado nas redes sociais de forma negativa. “Dizem que ele é pessoa ingrata e que traiu a população pelo fato de ter retirado a assinatura para a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), para apurar desvios de verbas que deveriam ser destinadas ao combate da Covid-19”, disseram na carta.

Ainda no manifesto, eles ressaltam: “De início, há de se destacar que a violência perpetrada comumente nas redes sociais e conduta a ser diariamente combatida. Em verdade, na maioria das vezes, os julgamentos são instantâneos e a condenação vem em velocidade que torna incapaz de ao menos tentar se defender o agredido, isso, por si só, atenta de maneira contumaz contra o mando constitucional democrata vigente no país. De outra banda, outros foram os vereadores que também destacaram a impossibilidade da instauração da CPI por agora”, disseram.

Recentemente, dr. César Mauricio da Silva, vice-presidente da Santa Casa de Misericórdia de Barretos e coordenador do Hospital Nossa Senhora, concedeu uma entrevista à EPTV Ribeirão Preto e disse: “Muitas pessoas tem morrido na fila, isso é uma realidade muito presente no nosso dia a dia. É um peso muito grande para pessoas que estão coordenando o sistema escolherem quem vai ter acesso a uma vaga que disponibilizou e quem não vai ter, é literalmente uma escolha entre vida e morte”.

Segundo o manifesto, a “fala vinda de alguém com cargo de chefia em ambos hospitais públicos barretenses que tratam a Covid-19 sobre o atual colapso na área da saúde, no mínimo deveria sensibilizar a população como um todo. Enquanto parlamentar eleito, o dever de se tornar mais sensível aos detalhes é ainda maior”.

Em resolução ao imbróglio, a carta diz que “não seria recomendável a instauração de uma CPI levando em consideração o atual cenário. Seria, parafraseando outros parlamentares que assim disseram na última sessão ordinária da Câmara Municipal, em 26 de abril 2021, retirar profissionais da linha de frente do combate à pandemia e colocá-los dentro de salas para lidar com papeis e não pessoas. É impossível calcular quantas vidas seriam ceifadas sem atendimento apropriado, caso houvesse a instauração da CPI, embora o resultado seja previsível. Há iminente necessidade de lutar com todas as forças, usar todo corpo e aparato técnico necessário no combate a proliferação do vírus e tratamento de pessoas, para ao menos trazer atendimento digno a população. Além do mais, já houve instauração de outra CPI para apurar eventuais desvios havidos no ano de 2020, CPI esta que contou com a assinatura do vereador Professor Adilson (PL). O combate ao vírus e mais urgente que a instauração de nova CPI”.

Os integrantes do manifesto ainda destacam que é um direito constitucional da população fiscalizar e criticar o trabalho de vereadores, eleitos pelo povo. “No entanto, a liberdade de expressão não pode ser confundida como carta branca para perpetrar ataques diretos e ofensas explicitas. Se o estado social e democrático de direito confere ao cidadão o poder do voto e liberdade de expressão, de outro lado estabelece limites do que se pode ou não ser feito e dito. O debate é democrático, os ataques não. O Partido Liberal (PL) sempre se posicionara favorável à democracia, ao respeito as garantias fundamentais, a constituição federal e a liberdade do cidadão”, finalizaram.