Como diria Raul Seixas…

O saudoso Raul Seixas, eterno “maluco beleza”, tem sido ainda mais lembrado nesse período pandêmico que parece uma tortura sem fim. Afinal, a letra de “O DIA EM QUE A TERRA PARROU” é quase uma profecia que traduz nossa impotência diante do invisível.

Raul, há décadas, cantou o que viria e que, talvez, ainda nem passou e poderá (continuar a voltar) com mais gravidade, caso o ser humano continuar sendo o que ERA ANTES da pandemia.

Se o ser humano não reformular sua relação, contato e convívio com a natureza e, consequentemente, também com os animais, respeitando a biosfera, outras pragas e pestes virão.

Por mais que estejamos sofrendo, parece que o consumismo e o egoísmo insistem em voltar ao que ERA ANTES e isso me convence que O SER HUMANO NÃO APRENDE.

Se for assim, mais cedo ou mais tarde, A TERRA VOLTARÁ SEMPRE A PARAR e as futuras gerações continuarão a sofrer até que um dia possamos APRENDER.

É sempre bom lembrar de alguém feito RAUL SEIXAS, que passou por aqui, (independente) de seus dramas pessoais, e que deixou sinais de inteligência, criação e inspiração para novas vertentes de pensar a vida.

Como nada é por acaso, não me sai da cabeça outra canção do Raul, em que ele dá a receita para nosso povo, que não sabe e nem quer aprender a escolher gente capaz de administrar o Brasil há mais de 500 anos. Como não sabemos administrar um país que poderia ser um protagonista no mundo?

Infelizmente nos tornamos a PIADA DO MUNDO! Por isso, poderíamos aprender com a metáfora que o compositor nos sugere: A SOLUÇÃO É ALUGAR O BRASIL! Alugar para quem tenha competência para gerir esse gigante adormecido.

E isso é o que sinto ao ver o circo de horrores que se estende desde o “hospício” instalado em Brasília até a um Congresso incompetente e omisso, incapaz de barrar um desgoverno que cometeu vários crimes de responsabilidade, SIM!

Um Congresso covarde, composto e contaminado por um CENTRÃO alucinado por dinheiro e capaz de vender a própria mãe por mais cargos e poder.

A história colocará a Câmara e Senado como CÚMPLICES do governo genocida de Jair Bolsonaro. Genocida sim! E que (até o fim do mandato) não deixará pedra sobre pedra nesse país tomado por uma boiada sem freios passando por cima do meio ambiente, multiplicando mortes, destruindo os setores da saúde, educação, cultura e ciências, como num filme de terror.

Mas, nem todo mal político que assola o Brasil está em Brasília! Não! Ele começa nas escolhas mal feitas de falsos representantes do povo na Câmara de Vereadores de cada cidade em que demagogos, muitas vezes, se escondem em nome da caridade.

A partir daí, é plantada toda a falta de visão, de gestão e, muitas vezes, de caráter que vai se potencializando para prefeitos, governadores, deputados, senadores e chega à Presidência da República.

Essa falta de capacidade de gestão, que vem da base nos pequenos municípios e passa por todas as esferas de poder público, é o que nos leva a ser um país de um futuro hoje assustador. 

Se o Brasil tivesse, ao longo dos séculos, gestão política comprometida com a causa coletiva hoje teríamos protagonismo no mundo. Não teríamos essas figuras absurdas e até patéticas nos representando desde Câmaras Municipais até à Presidência da República!

Se houvesse gestão voltada para a real consciência cidadã não teríamos os eleitores BRIGANDO por Lula ou Bolsonaro na baixaria das redes sociais. Teríamos cidadãos conscientes, independente de ideologia, debatendo o bem comum. O que interessaria, acima de tudo, seria uma vida melhor para todos.

ATÉ MESMO IRONICAMENTE, RAUL SEIXAS ERA SÁBIO E TINHA RAZÃO: A SOLUÇÃO É ALUGAR O BRASIL!