Nesta sexta-feira (15), a prefeita Paula Lemos participou de reunião com os secretários municipais Aline Ferreira Pio (Negócios Jurídicos) e Jorge Coutinho (Ordem Pública), o presidente da Câmara de Barretos, Paulo Correia, representantes dos funcionários da Viasa, empresa concessionária do transporte público municipal, e o advogado do Sindicato dos Condutores de Veículos e Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Barretos, Helmut Aguiar, para tentar mediar a crise entre motoristas e Viasa.
No encontro, Paula ouviu a versão dos funcionários da empresa sobre os atrasos nos salários que incluem o pagamento de dezembro, 13º salário e férias. Os motoristas anunciaram greve por tempo indeterminado a partir da zero hora da próxima segunda-feira (18).
Helmut Aguiar afirmou que foi uma reunião muito esclarecedora para a classe. “A prefeita explanou o que está dentro dos princípios legais. Vamos conversar agora com o presidente da empresa para saber a posição dele. Sabemos da notificação feita à Viasa pela Prefeitura para cumprimento dos seus deveres em relação ao pagamento da classe, conforme está no contrato de concessão, e acreditamos que a melhor solução é uma rescisão amigável para ajudar os funcionários e suas famílias”, apontou.
Já o presidente da Câmara, Paulo Correia, disse que as possibilidades de negociação da Viasa, que não tem recursos para quitar suas obrigações com os funcionários, já se esgotaram e o melhor seria uma rescisão do contrato para que outra empresa possa assumir o serviço de transporte coletivo para a população.
Emiliano de Paula, um dos funcionários que participou da reunião, representando os demais colegas da Viasa, afirmou que dos 28 ônibus previstos para circulação, conforme o contrato, apenas sete estão no serviço devido à situação pela qual passa a empresa. “Temos aí a possibilidade de greve, vamos conversar com o dirigente da empresa para resolver a questão que não podemos deixar para amanhã, tem que ser hoje. Vamos buscar a melhor forma, explicar para ele as dificuldades que estão passando os funcionários e suas famílias. Entendemos o lado da Prefeitura, as questões legais e não vejo outro caminho senão uma rescisão amigável, colocando um ponto final”, enfatizou.
Paula Lemos esclareceu mais uma vez sobre as condições jurídicas e impossibilidade de qualquer solução por parte da municipalidade, especialmente na questão da ilegalidade do subsídio e da vedação da Lei Complementar Federal nº 173/2020. “Sabemos da importância do serviço, mas na atual circunstância, não há o que se pode fazer dentro da legalidade. E meu governo só atuará dentro dos estritos limites da lei”, concluiu.