Com a cidade de Barretos enfrentando uma grave crise hídrica provocada pela falta de chuvas há mais de 160 dias, a Prefeitura, com o apoio da SP Águas, agência reguladora de recursos hídricos paulista, criou uma força-tarefa para buscar água junto às empresas que possuam outorga para captação de grandes volumes.
“Foi acordado com os empresários que possuem essa outorga que o município poderá compartilhar dessa água no sentido de que, em alguns horários, a Prefeitura poderá abastecer a nossa rede. Hoje já começamos a primeira transposição em um dos poços e vamos continuar trabalhando”, disse a Prefeita Paula Lemos após reunião na tarde desta quinta-feira, 26 de setembro.
A reunião com representantes das empresas contou com a presença do diretor regional (Sede Ribeirão Preto) da SP Águas, José Carlos Momenti, do superintendente da agência, Anderson Esteves, que participou virtualmente, do engenheiro civil Cláudio Daher Garcia, responsável pelo escritório de apoio da SP Águas em Barretos. “Vamos intermediar e fazer as orientações, juridicamente, para que os fornecedores possam compartilhar sua outorga”, disse Momenti.
De acordo com o superintendente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Barretos (SAAE), Marcelo Borges, com esta ação a água poderá ser captada por meio de transposição por tubulação e bombeamento ou até mesmo com caminhões pipa, seguindo para as Estações de Tratamento de Água (ETA). A medida inicialmente seria adotada por 30 dias, pois há a previsão de que Barretos continue sem chuvas até o final de outubro.
Paula agradeceu ao governador Tarcísio de Freitas, à secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) do Estado, Natália Resende, e aos empresários que aceitaram compartilhar seus recursos hídricos. Ela também destacou que a situação deve começar a melhorar a partir da próxima semana, mas que essa água deve ser utilizada de maneira consciente e sem desperdício.
“A crise hídrica é real. A ausência de chuva é real. É um momento de todos nós nos unirmos, pensar no próximo, naqueles que moram numa região mais alta onde é mais difícil a pressão da água e, realmente, usarmos a água de forma muito racional, evitando o desperdício”, concluiu a Prefeita.