Coordenador da Pediatria da Santa Casa de Barretos alerta sobre doenças respiratórias no Outono

O surgimento de mais doenças respiratórias, principalmente em crianças, durante o Outono é uma realidade preocupante. A combinação de tempo seco e temperaturas mais baixas cria o ambiente ideal para a proliferação de vírus e bactérias. Segundo o coordenador da pediatria da Santa Casa de Misericórdia de Barretos, Dr. Caio Alves Junqueira Franco, alguns cuidados preventivos podem ser adotados por pais e cuidadores de crianças.

“Nessa estação mais seca, as principais doenças que afetam as crianças são virais, sendo o vírus sincicial respiratório o causador da bronquiolite, além de adenovírus, rinovírus e outros. Também observamos um aumento de doenças bacterianas, incluindo meningite e pneumonia”, explicou Dr. Caio.

O pediatra alerta que a prevenção deve contar com hábitos relativamente simples. “Para prevenir doenças respiratórias é recomendável manter as mãos limpas e usar álcool em gel para higienização. Se um adulto estiver resfriado, deve usar máscara facial e evitar que estranhos ou visitas em casa beijem os bebês, pois a transmissão também ocorre por meio de gotículas de saliva e em ambientes fechados com aglomeração de pessoas”, diz ele.

A Santa Casa de Misericórdia de Barretos registra, nesta época, números altos de internações, chegando, por vezes, a atingir seu limite na ala pediátrica, inclusive com bebês apresentando casos graves de doenças respiratórias desde os primeiros meses de vida. “Os bebês são os mais afetados por doenças respiratórias devido ao tamanho menor das vias aéreas, o que causa maior desconforto com qualquer obstrução”, informou o coordenador da pediatria do hospital.

Os principais sintomas das doenças respiratórias surgem após os primeiros três dias do início do quadro. Iniciam como um resfriado, incluindo coriza, tosse e febre baixa, evoluindo a partir do terceiro dia de sintomas com dificuldade para respirar. Uma importante recomendação do médico é manter a vacinação em dia, especialmente para doenças bacterianas nos primeiros seis meses de vida.

“Para casos virais, como crianças com secreção nasal intensa, é recomendada a lavagem nasal pelos pais para evitar complicações. A colonização bacteriana pode ocorrer, levando à inflamação dos ouvidos e face, piorando o quadro viral”, afirmou o pediatra.

Crianças com febre alta persistente, falta de apetite, gemidos durante a respiração, desconforto respiratório, devem ser levadas imediatamente para avaliação médica em UBSs – Unidades Básicas de Saúde ou na UPA.

Foto: Tamires Furniel