ALERTA: Um dia após eleição, Governo de SP coloca estado na fase amarela devido aumento nos casos de Covid-19

Apenas um dia após as eleições de segundo turno para prefeitos no Brasil, que reelegeu Bruno Covas (PSDB) à prefeitura de São Paulo, o governador João Doria (PSDB) anunciou nesta segunda-feira (30) o retorno à fase amarela do Plano São Paulo, como reforço nas ações de enfrentamento da pandemia no estado a fim de reduzir o contágio e evitar pressão sobre o sistema de saúde. Desta forma, todas as regiões do estado entram em alerta no controle sanitário e flexibilização econômica até o dia 4 de janeiro. A reclassificação acontece devido ao aumento das taxas de transmissão da Covid-19 e nas internações no estado de São Paulo.

 “É uma medida de prudência que estamos tomando para melhorar o controle da pandemia. Precisamos do apoio da população e de micros, pequenos, médios e grandes empresários. E o contínuo apoio dos verdadeiros heróis que são os profissionais de saúde que, em São Paulo, já ajudaram a salvar milhares de vidas e continuarão a fazê-lo”, disse Doria.

A decisão recebeu aval de médicos especialistas do Centro de Contingência do coronavírus em São Paulo. A medida não fecha setores econômicos em nenhuma das 645 cidades paulistas, mas fortalece ações de restrição a aglomerações.

Com o regresso geral para a terceira das cinco fases do Plano SP, atividades como bares, restaurantes, academias, salões de beleza, shoppings, escritórios, concessionárias e comércios de rua voltam a ter limitações de horário e capacidade de público.

O atendimento presencial em todos os setores fica restrito a 10 horas diárias, sequenciais ou fracionadas, e 40% de capacidade. Os estabelecimentos terão que fechar o atendimento local até as 22h. Todos os eventos com público em pé estão proibidos na fase amarela.

Outra medida de prudência decidida pelo Estado é a redução do prazo de análise dos dados da pandemia e capacidade de atendimento hospitalar por região. A medição de médias móveis de casos, mortes e taxas de internação de pacientes com COVID-19 passa a ser considerada em intervalos de sete dias, e não mais a cada quatro semanas.

A decisão desta segunda não altera a programação de volta às aulas da Secretaria de Estado da Educação. Tampouco há previsão de novo fechamento de escolas para aulas presenciais com limitação de alunos por turmas e turnos.

“Os dados dos últimos dias sustentam a necessidade de políticas mais restritivas, que reduzem aglomeração e circulação de pessoas”, afirmou o Secretário de Saúde Jean Gorinchteyn. “Amarelo quer dizer atenção e respeito às regras sanitárias, evitando aglomerações, festas e encontros que estão levando o vírus a circular mais entre a população”, acrescentou.